Dados do Trabalho
TÍTULO
HEPATECTOMIA EM DOIS ESTAGIOS - UMA NOVA ABORDAGEM AS METASTASES HEPATICAS
INTRODUÇÃO
A técnica de ALPPS consiste na ressecção hepática extensa estagiada em dois tempos
com a finalidade de promover rápida hipertrofia do remascente hepático, através da ligadura do
ramo direito da veia porta associado a bipartição do parênquima. Permitindo hipertrofia
superior a embolização num período muito mais curto.
RELATO DE CASO
M.A.C, masculino, branco, 52 anos. Deu entrada na emergência do HECI em 09/16 com
síndrome de obstrução intestinal, sendo submetido a TC de abdômen que revelou neoplasia de
cólon direito estenosante com obstrução intestinal e pequenas nodulações hepáticas sugerindo
metástases múltiplas. Diante disso, foi realizada hemicolectomia direita com ileostomia
terminal. Seguiu ambulatorialmente em tratamento pela oncologia, fez 4 ciclos de folfoxiri e
reestadiado com RNM ABD (26/12/16) apresentando implantes hepáticos nos segmentos I, IVa, V,
VI,VII e VIII. Frente ao diagnostico, foi programada hepatectomia ALPPS. Na volumetria pré-
operatória, apresentava volume hepático total de 1319 cm³e volume do remanescente hepático
247 cm³ (18,8%). Realizado primeiro tempo do ALPPS em 24/01/17, com ligadura do ramo direito
da veia porta, bipartição hepática a nivel da fissura principal e enucleação de metastase no
segmento IVa, com duração de 4h e 30 min, sendo realizado manobra de Pringle total
intermitente de 45 min e sem sangramentos significativos. Após 1 dia de CTI, ficou internado em
enfermaria, realizou-se no D06 pos op TC de abdomen de controle apresentando hipertrofia do
lobo esquerdo em 114%. Com 7 dias de intervalo, foi então realizada segundo tempo do ALPPS,
com hepatectomia direita alargada para segmento I, sendo o tempo cirúrgico de 2h e 30 min,
sem sangramento, sem manobra de Pringle e sem fístula. Após 5 dias de internação hospitalar,
com melhora clínica, o paciente recebeu alta.
DISCUSSÃO
A rápida hipertrofia do fígado induzida pela técnica ALPPS permitiu a ressecção
hepática extensa com segurança e cirurgia R0, evitando insuficiência hepática pós operatória. O
paciente segue assintomático e livre de doença, após adjuvancia com folfoxiri, há 2 anos.
Área
FÍGADO
Instituições
Hospital evangélico em Cachoeiro de Itapemirim - Espírito Santo - Brasil
Autores
Sâmela Nunes Alecrim de Souza, Barbara Donnaria Da Silva Gonçalves, Samela Comerio, Rogério Dardengo Gloria, Leonardo Machado, Raphael Araujo Costa, Tiago Cypriano Dutra, Andre Mattar