Dados do Trabalho


TÍTULO

CORRELAÇAO ENTRE TEMPO DE EVOLUÇAO DA APENDICITE AGUDA COM ACHADOS INTRA-OPERATORIOS

OBJETIVO

Correlacionar os dias transcorridos entre o início dos sintomas da dor abdominal e a cirurgia de apendicectomia, com os achados macroscópicos identificados no intra-operatório, identificando assim o grau de evolução da apendicite aguda. Avaliar o perfil epidemiológico dos pacientes com apendicite aguda no serviço e o tipo de incisão escolhida para a cirurgia e sua correlação com o grau de evolução da apendicite aguda.

MÉTODO

Estudo transversal, observacional e retrospectivo, com análise de prontuários de pacientes submetidos à apendicectomia convencional na cirurgia geral do Hospital Regional da Asa Norte, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2017. Foram selecionados 104 prontuários para análise. Desses, 50 foram avaliados e incluídos no estudo e 54 foram excluídos por não se encaixarem nos critérios de inclusão (pacientes com prontuários incompletos, sem descrição da cirurgia ou do tempo de evolução da doença, pacientes que não tiveram a peça cirúrgica avaliada pelo anatomopatológico do hospital e pacientes submetidos à colectomia). Os achados macroscópicos do intra-operatório serão divididos de acordo com o grau de inflamação do apêndice, estratificados entre normal, apendicite não complicada e apendicite complicada. Estudo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FEPECS/SES-DF, sob o Nº CAAE: 95490818.6.0000.5553 e seguiu todos os aspectos éticos descritos na Resolução CNS/MS 466/2012.

RESULTADOS

A maioria dos pacientes avaliados era do sexo feminino (54%) e a grande parte apresentou apendicite não complicada (68%). Dezesseis procuraram assistência médica após 1 a 2 dias do início dos sintomas, destes, mais de 60% apresentaram apendicite não complicada, e 12 procuraram após quatro dias ou mais. O tipo de incisão mais utilizado foi o Davis (60%), especialmente nos casos de apendicite não complicada, seguido da incisão mediana do tipo infra e/ou supra-umbilical, mais utilizada nas apendicites complicadas. Foram realizadas somente duas cirurgias com a incisão de McBurney. Pacientes com apendicite não complicada ficaram até 2 dias internados, já nos que tiveram apendicite complicada, o tempo de internação foi maior do que três vezes o citado.

CONCLUSÕES

O presente estudo demonstrou que quanto maior o período entre o início dos sintomas e o desfecho cirúrgico da apendicite, maior o tempo de internação. Além disso, há mais complicações e risco do paciente desenvolver um quadro infeccioso hospitalar, tromboembolismo pulmonar e sepse. Quanto mais precoce a assistência médica, maiores são as possibilidades em relação à escolha da técnica cirúrgica, optando por abordagens que proporcionam menor tempo de recuperação e dor no pós-operatório.

Área

INTESTINO DELGADO

Instituições

HRAN - Distrito Federal - Brasil

Autores

LUIS FELIPHE SALLES CAVALCANTE, PAULA CAMPOS DE MENDONÇA, OLIMPIA ALVES TEIXEIRA LIMA, CAROLINA MARTINS VISSOCI, VITOR PAIVA PIRES, CAMILA DAMASCENO RIBEIRO, FELIPE FREITAS DE SOUSA, RODRIGO PEREIRA SOARES