TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLOGICO BRASILEIRO DA DOENÇA DIVERTICULAR DO INTESTINO NO PERIODO DE 2013 A 2018

OBJETIVO

A Doença Diverticular se caracteriza pela presença de divertículos e de sintomas como dor abdominal e mudança no hábito intestinal. Divertículos são saculações que surgem na parede do cólon formados pelas camadas mucosa e serosa, ambas finas e próximas a vasos que nutrem o intestino. A chance de aparecimento de divertículos aumenta com a idade e atualmente cerca de 60% dos indivíduos com mais de 60 anos de idade desenvolvem divertículos no intestino. Há uma correlação dessa doença com a redução na ingestão de fibras, particularmente no mundo Ocidental. O conhecimento do perfil epidemiológico brasileiro dessa doença se faz importante para o diagnóstico e tratamento, uma vez que há risco de desencadeamento de complicações como Perfuração aguda e Peritonite Generalizada, que exigem intervenção cirúrgica de emergência.
Sendo assim, o presente estudo objetiva descrever variáveis significativas para o perfil epidemiológico da Doença Diverticular do Intestino no período de 2013 a 2018.

MÉTODO

Trata-se de um estudo ecológico de serie temporal descritivo, cujos dados utilizados foram obtidos por meio do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde e utilizado o Microssoft ExcelR 2013 para a análise estatística.

RESULTADOS

De acordo com os dados colhidos, no período de 2013 a 2018, foi obtido que a região brasileira mais acometida pela Doença Diverticular foi a região Sudeste com 57,4% dos casos, seguida pela região Sul com 22,63%. Já em relação à faixa etária os pacientes que estão entre 60 a 69 e 70 a 79 anos de idade apresentaram maior números de notificações com 24,15% e 20,2%, respectivamente. Analisando a raça da população envolvida, foi demonstrado que indivíduos brancos representam mais da metade do total de casos da doença neste período, totalizando 50,29%. Por fim, no que se refere à variável sexo, foi verificado que há maior número de casos no sexo masculino com 50,73%.

CONCLUSÕES

Tendo em vista os resultados encontrados, é possível evidenciar que o perfil epidemiológico brasileiro da Doença Diverticular sofre influência dos fatores idade, raça e há diferença de acometimento entre as regiões brasileiras. Os achados mostram que a faixa etária mais prevalente situa-se entre 60 a 69 anos, isso se deve ao fato de que com a idade há depósito de fibras colágenas e elastina na parede do cólon, o que reduz a sua complacência, favorecendo a formação de divertículos. O números de brancos afetados por essa doença é expressivo, o que pode estar influenciando nas regiões brasileiras com maior número de casos. Alguns estudos trazem hipóteses de influencias genéticas para justificar essa maior prevalência em brancos, mas ainda não há confirmações. Não há diferença significativa no número de casos entre homens e mulheres, fato também observado em outros estudos.