Dados do Trabalho


TÍTULO

RELATO DE CASO DE PACIENTE COM ADENOMA ADRENAL EXPANSIVO NÃO PRODUTOR

INTRODUÇÃO

Incidentalomas adrenais (IA) constituem massas adrenais detectadas em exames de imagem, aparentemente, não relacionados com patologias de hormônios adrenais. Adenomas são bem mais frequentes do que carcinomas, e costumam ser pequenos, tendo diâmetro de 2 a 3 cm. A presença de metástases é frequente e deve ser considerada. O objetivo do relato é expor o caso clinico de paciente feminino com tumor de glândula suprarrenal, com grande volume, com diagnóstico de adenoma.

RELATO DE CASO

Paciente feminino, 32 anos, casada, reside em Humaitá- AM, com queixa de dor abdominal. Dor iniciou após o parto cesáreo de seu filho, localizada em hipocôndrio direito, aliviada ao uso de analgésicos simples, associada a enjoo e sudorese. Fora realizada ultrassonografia que evidenciou massa ovalada, localizada no lobo direito, medindo 10 x 6 x 8 cm. Ao exame físico normocárdica, eupneica, com abdomen plano e indolor e cicatriz de cesárea prévia. Laboratórios de perfil hormonal, com cortisol, aldosterona, metanefrinas fracionadas no plasma e fosfatase alcalina sem alterações. Em tomografia computadorizada (TC) de tórax e abdômen fora evidenciado massas bilaterais, sendo à esquerda lesão triaguliforme na adrenal esquerda, medindo cerca de 2,4 x 2,1 x 2,2 cm e à direita volumosa lesão expansiva medindo cerca de 9,4 x 8,7 x 6,4 cm nos maiores eixos. Em ressonância magnética (RNM) mostrou formação expansiva sólida medindo 9,9 x 6,7 cm em topografia da adrenal direita deslocando veia cava e espessamento nodular de adrenal esquerda. Optou-se por realização de adrenalectomia direita e exame anatomopatológico evidenciou neoplasia cortical adrenal com achados compatíveis com adenoma. Não foi observado amostra de mitoses atípicas, bem como áreas de necrose e atipias nucleares significativas.

DISCUSSÃO

Os diagnósticos diferenciais aventados na investigação de IA são múltiplos, sendo que, diante de um paciente com incidentaloma adrenal, a primeira preocupação deve ser o comportamento da lesão. Para distinguir lesões benignas de malignas deve-se observar tamanho e características da lesão em exames de imagem. Quanto a função, é realizado perfil hormonal, sem alterações neste caso. Em relação ao tamanho, a maioria dos tumores < 3 cm sugerem ser benignos, enquanto lesões malignas apresentam, em geral, tamanho > 6 cm. No caso apresentado, apesar de a lesão da adrenal direita ter 9,9 cm em sua maior dimensão, o exame anatomopatológico evidenciou achados compatíveis de adenoma. Ainda existem divergências na literatura quanto ao tamanho a ser considerado para remoção cirúrgica de IA, e, para isso, há necessidade de estudos sobre a investigação de IA.

Área

UROLOGIA

Instituições

Centro Universitário São Lucas - Rondônia - Brasil

Autores

Karina Negrão Zingra, Marcelo Regis Lima Corrêa, João Matheus Calixto Lins, Michelly Alyce Gularte Alexandre, Daniel Carlos Viana Cardoso, Cid Olavo Scarpa Vasconcelos, Alessandro Prudente, Eliakim Massuqueto Andrade Gomes de Souza