Dados do Trabalho


TÍTULO

A INFLUÊNCIA DOS ACHADOS DO EXAME CLINICO NO SURGIMENTO DE COMPLICAÇOES INTRA-ABDOMINAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS A APENDICECTOMIA EM UM HOSPITAL DE REFERENCIA NA BAHIA

OBJETIVO

Identificar possíveis relações entre os achados do exame clínico com complicações e evoluções desfavoráveis em pacientes com apendicite aguda

MÉTODO

Estudo observacional retrospectivo feito através da coleta de dados de 72 pacientes submetidos a cirurgia de apendicectomia no Hospital Geral Ernesto Simões Filho no período de 2017 a 2018. Foram analisadas variáveis do exame clínico relacionados ao Escore de Alvarado como febre, dor em quadrante inferior direito, dor migratória, vômitos e anorexia; além da duração dos sintomas em dias. Os pacientes com apendicite aguda foram divididos em 2 grupos: sem complicações (grupo 1) e pacientes que manifestaram complicações intra-abdominais pós-operatórias, abscesso, fístula ou peritonite (grupo 2). A avaliação estatística foi realizada de modo simples e descritiva através do Microsoft Excel 2017.

RESULTADOS

: Dos 72 pacientes, 67 (93%) evoluíram sem complicações no pós operatório (grupo 1), enquanto apenas 5 (7%) apresentaram complicações (grupo 2). No grupo 1, 30 (45%) apresentaram febre; 63 (94%) dor em quadrante inferior direito; 12 (18%) dor migratória positivo; 42 (63%) vômitos; 17 (25%) anorexia. Já no grupo 2, 2 (40%) apresentaram febre; 4 (80%) dor em quadrante inferior direito; 2 (40%) dor migratória; 5 (100%) vômitos; 1 (20%) anorexia. Diante ao tempo da manifestação dos sintomas antes do internamento, no grupo 1, 70% dos casos apresentaram a sintomatologia de 1-3 dias, 16 (24%) de 4-7 dias e 4 (6%) de 1-2 semanas; já no grupo 2, nenhum (0) se internou com a sintomatologia entre 1-4 dias, 4 (80%) de 4-7 dias e 1 (20%) de 1-2 semanas.

CONCLUSÕES

As complicações intra-abdominais encontradas no estudo estão em consonância com a literatura, essas afirmam que o diagnóstico tardio da patologia, ou seja, um internamento após 36 horas do início dos sintomas, corrobora para a presença de desfechos desfavoráveis no pós-operatório devido ao maior risco de perfuração do apêndice. Quanto aos sintomas manifestados, o grupo 1 e 2 apresentaram um semelhante resultado semelhante quadro clínico, não evidenciando sintomas que fossem sugestivos de uma possível complicação após apendicectomia.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

Hospital Geral Ernesto Simões Filho - Bahia - Brasil

Autores

João Vitor Ferreira Monteiro, Gabriela Chaves Celino, Matheus de Sena Rocha