Dados do Trabalho


TÍTULO

Atenuação da lesão pulmonar por sinvastatina em modelo de sepse de ratos

OBJETIVO

Considerando que as estatinas têm efeitos pleiotróficos, levantamos a hipótese de que a terapia com a vimvastatina poderia ajudar no cenário de sepse e lesão pulmonar. O objetivo deste estudo foi abordar o efeito do pré-tratamento com sinvastatina na lesão pulmonar em ratos com sepse abdominal.

MÉTODO

Foram utilizados 30 ratos Wistar machos pesando 235 ± 26g distribuídos nos três grupos: grupo 1, n = 10 (sham), tratado com injeção oral de soro fisiológico (10mL / Kg) 24 hs antes e novamente imediatamente antes da cirurgia; grupo 2, n = 10 (sepse abdominal + soro fisiológico), ligadura e punção do ceco (CLP) e tratamento com solução salina como grupo 1; grupo 3, n = 10 (sepse abdominal + sinvastatina), CLP e tratamento com injeção oral (gavagem) de 10mg / Kg de suspensão de sinvastatina (10mg / ml) 24 hs antes e novamente imediatamente antes da cirurgia. Kits comerciais de ELISA foram usados ​​para a medição do fator de necrose tumoral alfa (TNF), interleucina-1 (IL-1) e interleucina-6 (IL-6). O tecido pulmonar de todos os animais foi estudado com microscopia de luz para determinar a distribuição e a quantidade de lesão pulmonar.

RESULTADOS

A expressão plasmática do TNF-α foi significativamente menor nos ratos tratados com sinvastatina (172,8 ± 25 pg / mL) do que nos ratos tratados com solução salina a 0,9% (298,5 ± 63 pg / mL). Os níveis plasmáticos de IL-1 mostraram uma diminuição drástica (53,3 ± 7 pg / mL) em ratos tratados com sinvastatina, em comparação com os ratos do grupo sépsis / soro fisiológico (127,6 ± 28 pg / mL). Os níveis plasmáticos de IL-6 nos ratos tratados com sepse / sinvastatina (53,3 ± 7 pg / mL) foram menores que nos ratos tratados com sepse / salina (134,6 ± 15 mL). Em ratos-controle, as citocinas plasmáticas foram significativamente menos expressivas (28,4 ± 6) do que nos demais grupos. A histologia pulmonar representativa demonstrou inflamação marcada caracterizada por abundantes neutrófilos intersticiais e edema na sepse do grupo / soro fisiológico. A inflamação induzida foi grandemente reduzida pelo pré-tratamento com sinvastatina.

CONCLUSÕES

Em conclusão, nossos dados sugerem que a sinvastatina protege o pulmão contra lesão tecidual na sepse abdominal por inibição da expressão de citocinas.

Área

EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA

Instituições

UFRN - Rio Grande do Norte - Brasil

Autores

IRAMI ARAÚJO-FILHO ARAÚJO-FILHO, Amália Cinthia Meneses Rêgo , Carlos Antonio de Souza Filho , Irami Araújo-Neto , Antônio Braz da Silva Neto , Senival Alves de Oliveira Júnior , Dened Myller Barros Lima , Guilherme Bastos Palitot de Brito