Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE DO PERFIL EPIDEMIOLOGICO DOS PACIENTES INTERNADOS POR APENDICITE NO DISTRITO FEDERAL, NOS ULTIMOS 5 ANOS.

OBJETIVO

Analisar a faixa etária e sexo predominante de diagnósticos de apendicite, assim como a média de permanência hospitalar e a taxa de mortalidade, durante o período de 2014-2018, ocorridas no Distrito Federal.

MÉTODO

Trata-se de um estudo epidemiológico retrospectivo baseado nos dados de internações por apendicite e outras doenças do apêndice, registrados Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Realizou-se uma análise comparativa das taxas hospitalização entre os sexos e as diferentes faixas etárias, no período de Janeiro/2014 a Novembro/2018.

RESULTADOS

No período analisado, foram registrados 11.499 casos de hospitalizações por doenças apendiculares no Distrito Federal, sendo que os anos com menor número de casos foram 2017 e 2018, com 2.182 e 2.153 casos respectivamente, ocorrendo uma redução lentamente progressiva do número de internações desde 2014 até 2018, tendo o maior número de internações o ano de 2014, com 2.438 casos.
De acordo com este estudo, é possível perceber a maior incidência de casos no sexo masculino, sendo estes 6.863, correspondendo a 60% do total.
Ao estudarmos as faixas etárias mais acometidas, é possível destacar grande incidência da patologia apendicular entre os 5 e 49 anos, tendo a faixa de 20-29 anos como o pico de idade mais incidente, este último representando 14% dentre todos os casos.
Estatisticamente, existe associação reversa entre a faixa etária
acometida e a média de permanência hospitalar destes últimos 5 anos estudados, sendo os intervalos de idade de 1-4 anos, e acima dos 70 anos, as faixas com maiores médias de permanência hospitalar, ultrapassando 6 dias de internação.
Este estudo, consegue também apresentar queda da taxa de mortalidade por apendicite no Distrito Federal nos últimos anos, sendo o ano de 2018 apresentando a menor delas (0,09%).

CONCLUSÕES

Corroborando com os dados da literatura, os resultados sugerem que a idade, principalmente a partir dos 60 anos, é fator de risco para complicações pós-operatórias, aumentando o tempo de internação, e consequentemente de gastos hospitalares. Não podemos afirmar com o presente estudo, que o número de casos de apendicite no Distrito Federal está diminuído, pois devemos levar em conta não só o fato de que a apendicite faz parte do subgrupo mais comum de abdome agudo (tipo inflamatório), mas também levar em conta as possíveis subnotificações e os pacientes que tiveram desfechos negativos antes mesmo de conseguirem ser atendidos. Entretanto, foi possível observar uma queda da taxa de mortalidade dentre os pacientes internados, sendo um marcador útil da qualidade de assistência
de saúde desta região estudada.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

Universidade de Gurupi - UnirG - Tocantins - Brasil

Autores

Tatiane Torquato Silva Rodrigues, Kelvin Mendes Carvalho, Nathalia Tararam Zanetti, Laylla Lúcia Borges Pinheiro, Cristiane Chaves Campos, Raquel Costa Batista de Queiroz, Fernanda Gomes Dal Pra Gradin, Celso Rocha da Silva