Dados do Trabalho


TÍTULO

COLOSTOMIA EM PACIENTES VITIMAS DE TRAUMATISMOS NA MEDULA ESPINHAL, UMA REVISAO DA LITERATURA.

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão acerca da literatura, visando observar a utilização, o efeito e o impacto do uso da colostomia em pacientes com traumatismo na medula espinhal.

MÉTODO

Trata-se uma de revisão da literatura com busca ativa de informações nas bases de dados do MEDLINE, Redalyc e SciELO. Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: stoma, spinal cord injury, bowel management e bowel dysfunction, tanto em inglês quanto em português, organizados em arranjos diferentes.

RESULTADOS

Grande parte dos indivíduos que sofreram traumatismos na medula espinhal (TME) convivem com problemas no hábito intestinal, causados pela disfunção neurológica que eles possuem, que vão de constipação (35%) à incontinência (75%). Sendo essa disfunção intestinal colocada por Glickman et al como um dos maiores problemas, tanto físico quanto psicológico decorrente de TME. A colostomia entra nesse contexto, uma vez que vem sendo utilizado somente em casos de difícil manutenção intestinal ou que envolvem complicações mais sérias, somente cerca de 2,4% dos pacientes nessa condição possuem uma ostomia, apesar de estudos demonstrarem que os pacientes relatam maior facilidade de cuidado com a colostomia do que com o uso do método tradicional. A literatura demonstrou que o tempo utilizado, na semana, para a manutenção do hábito intestinal caiu de 10.3-14.8 horas, quando utilizado o método tradicional, para uma média de 1.9-8.65. Com aumento da independência e da qualidade de vida relatada pelos pacientes. Poucos pacientes complicaram com descarga de muco pelo reto. Outros estudos relataram diminuição da preocupação com variáveis como: incontinência fecal, manipulação da dieta e uso de laxantes, e novamente o tempo destinado ao cuidado intestinal. Além disso, um fator a ser observado é a escolha do procedimento a ser realizado, se será uma colostomia ou uma ileostomia, a literatura difere um pouco nesse aspecto, dizendo não haver diferença, porém os dados mais atuais sugerem a colostomia, visto que a ileostomia não aumenta tanto a sensação de independência e possui maiores riscos de complicações quanto a distúrbios hidroeletrolíticos e desidratação.

CONCLUSÕES

Portanto, a seguinte revisão encontrou dados bastante favoráveis à utilização da colostomia, mesmo que de maneira eletiva, quando ocorre um pedido do paciente, em paciente vítimas de TME, pois, de fato, há um aumento na qualidade de vida, na independência do paciente e uma diminuição no tempo de cuidado destinado ao hábito intestinal. No entanto, esse procedimento ainda é pouco realizado, o que gera a necessidade da realização de estudos que visem embasar uma mudança nessa realidade.

Área

TRAUMA

Instituições

Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Rodrigo Teófilo Parente Prado, Heron Kairo Sabóia Sant'Anna Lima, Aprigio Sant'Anna Lima Neto