Dados do Trabalho


TÍTULO

APENDICIDE AGUDA DURANTE O PERIODO GESTACIONAL: UMA REVISAO DE LITERATURA

OBJETIVO

Causas não obstétricas que causem abdome agudo agudo e que necessitem de cirurgia não são muito comuns durante a gestação, sendo a apendicite aguda o problema cirúrgico mais comum durante a gestação. De qualquer forma, essas causas carregam um enorme risco para a saúde da mãe e do feto por meio do atraso diagnóstico ou mesmo pela intervenção cirúrgica associada com a anestesia geral. Dessa forma, este trabalho justifica-se em revisar na literatura acerca da apendicite aguda durante a gestação.

MÉTODO

Trata-se uma de revisão da literatura com busca ativa de informações nas
bases de dados do MEDLINE, PMC e a biblioteca virtual SciELO.
Os descritores de assunto utilizado para a busca de artigos foram: acute appendicitis, pregnancy, acute abdomen.
São critérios de inclusão: Artigos publicados entre 2015-2019. Os critérios de exclusão foram: artigos que não abordarem assuntos relevantes para ser discussão dos objetivos deste estudo.

RESULTADOS

A literatura reporta incidência que varia entre 1 a cada 500 até 1 a cada 2000 gestações. Devido às alterações fisiológicas e anatômicas da gestação, a clínica pode ser inespecífica. A utilização de exames de imagem é limitada, devido ao risco ao utilizar radiação no feto. Por esse motivo a ultrassonografia é o exame de imagem de escolha para investigação de dor abdominal grave durante a gestação. O tratamento realizado é primordialmente cirúrgico, podendo ser por via laparoscópica ou aberta (VA). Até o fim do segundo trimestre gestacional, a via laparoscópica (VL) é a via de escolha, devido à melhor visualização intra operatória, menor dor pós-operatória, deambulação precoce, menor tempo de internação hospitalar, além de menor risco de infecção e hérnia incisional.
Quando especificando no terceiro trimestre gestacional, revisões sistemáticas apontam que a taxa de parto prematuro na VA varia entre 0.0% até 18.6%, enquanto na VL a taxa varia entre 0.0% até 29.3%. Se abordado o risco de perda fetal, a VA possui variação entre 0.0% até 7.5%, enquanto a VL varia de 0.0% até 11.7%. Além disso, a VL, quando realizada no terceiro trimestre, possui alto índice de conversão para cirurgia aberta e maior tempo operatório.

CONCLUSÕES

Com base no que pudemos encontrar nessa revisão, a escolha da abordagem da apendicite aguda em gestantes permanece relativamente inconclusiva. A via laparoscópica possui melhores resultados pós-operatórios quando comparado com a via aberta, entretanto, possui maiores índices de perda fetal e maior taxa de parto prematuro, principalmente no terceiro trimestre gestacional.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS

Instituições

Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Heron Kairo Sabóia Sant'Anna Lima, Ana Osmira Carvalho Saldanha, Maurício da Cruz Castro Júnior, Matheus de Lucena Holanda, Aprigio Sant'Anna Lima Neto