Dados do Trabalho


TÍTULO

TRANSPLANTES NO CENTRO-OESTE – DADOS EPIDEMIOLÓGICOS DO PERÍODO DE 2012 A 2017

OBJETIVO

O trabalho objetiva apresentar dados epidemiológicos dos transplantes de órgãos sólidos e tecidos realizados na região Centro-Oeste (CO - 2012 a 2017), os órgãos transplantados e fatores de influência na lista de espera.

MÉTODO

O levantamento baseou-se nas plataformas do Governo Federal e no Registro Brasileiro de Transplantes da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Para inclusão adotaram-se: estudos epidemiológicos, número de doadores, a realidade de transplantes no CO e a evolução da prática no referido período, no qual destacam-se os de córnea (tecido), 1º lugar no Brasil em 2016, seguido por rim e fígado (órgãos sólidos).

RESULTADOS

Em que pese o crescente aumento de tais procedimentos no CO, destacando-se o transplante cardíaco (o DF ultrapassou a meta do Brasil) e de córneas, permanece elevada a taxa de recusa familiar (43% em 2017), enquanto que as notificações de potenciais doadores/ano e o número de doadores efetivos/ano encontram-se em 2º e 3º lugares respectivamente em relação às demais regiões. Utilizando-se o índice internacionalmente aceito (por milhão de população – pmp), o CO é líder em transplantes de córneas desde 2011, que atingiram, em 2017, a marca de 119,5 transplantes/pmp. Em relação aos transplantes renais com doador vivo, o CO fica em 3º lugar, posição essa que cai para 4º lugar com doador falecido. Os transplantes de fígado encontram-se em constante crescimento e os pulmonares e pancreáticos necessitam maior incremento. De acordo com a lista de espera de pacientes para transplantes (dezembro 2015), GO e DF possuíam o maior número para rim e MT e MS para córnea. Em 2016 e 2017 tal situação se manteve. O Brasil tem como meta reduzir as filas de espera para um transplante, (25.000 pessoas em 2016), na qual o tempo de espera por um transplante renal é o maior comparativamente aos transplantes de coração, fígado, pâncreas, pulmão, córnea e medula óssea (aparentado e não aparentado).

CONCLUSÕES

Dentre os principais desafios, é necessário vencer a elevada taxa de recusas familiares à doação de órgãos e tecidos, implementar a política de transplantes do Sistema Nacional de Transplantes/MS, realizar constantes campanhas de esclarecimento à população sobre a importância de tais procedimentos e inserir no currículo de graduação das faculdades da área da saúde disciplinas pertinentes ao assunto. Como dado auspicioso, registra-se que mais de 90% dos transplantes realizados no país são financiados pela integralidade do SUS.

Área

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Instituições

Universidade de Rio Verde campus Goianésia - Goiás - Brasil

Autores

Charles Alberto da Cunha Melo Júnior, Anna Clara Gomes Machado, Ana Flávia Rebouças Fernandes Borges Alves, Fernanda Nunes Garcia, Paulo Eduardo Silva Sousa, Raissa Silva Frota, Vitória Pontes Cavalcante, Luciano Bernardinho da Costa Leão