Dados do Trabalho
TÍTULO
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES ACOMETIDOS POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM RONDÔNIA, DE 2008 A 2018
OBJETIVO
O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica com grande prevalência em adultos e idosos, sendo uma das principais causas de mortalidade no mundo. Com isso, o objetivo desta obra é traçar o perfil epidemiológico dos AVC em Rondônia, comparando-o com os dados da federação.
MÉTODO
As informações foram obtidas no banco de dados do DataSus, os quais foram exportados para o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 15.0, no qual se fez a transformação de variáveis e as tabulações cruzadas. As variáveis analisadas foram: número total de internações, média de permanência, óbitos e taxa de mortalidade. Foi utilizada, também, a Classificação Internacional de Doenças (CID) disponíveis no DataSUS, sendo incluídos os códigos I62 (Outras Hemorragias Intracraniana Não Traumáticas), I63 (Infarto Cerebral) e I64 (Acidente Vascular Cerebral, não especificado como hemorrágico ou isquêmico).
RESULTADOS
Observou-se elevada incidência de internações na faixa etária dos 70 aos 79 anos, tanto no Brasil quanto em Rondônia, alcançando os valores de 483.366 e 3.189, respectivamente. O número de óbitos no Brasil prevalece na faixa etária dos 80 anos ou mais, com um número de 88.113, enquanto em Rondônia a prevalência se dá na faixa etária dos 70 aos 79 anos, com 631 óbitos. A taxa de mortalidade, tanto na federação quanto em Rondônia, é alta a partir dos 80 anos ou mais, sendo 23.97 e 27.42, respectivamente. Essa taxa é mais alta em Rondônia devido a baixa estatística de médicos especializados. Porém, a maior média de permanência se deu em pacientes na faixa pediátrica, sendo que no Brasil sobressai um valor de 11.5 em pacientes menores de um ano, seguido de 9.2 na faixa etária dos 10 aos 14 anos. Já em Rondônia, essa variável se dá com um resultado de 12.2 na faixa etária dos 10 a aos 14 anos, seguido de 11.5 na faixa etária dos 5 aos 9 anos. Também foi analisado óbitos por sexo, o qual a maior incidência foi no sexo masculino tanto no Brasil, com um total de 171.629, quanto em Rondônia, com um total de 1.266. O número é menor em mulheres devido a esta produzir estrogênio, o qual dispõe-se como protetor nos vasos contra doenças cerebrovasculares.
CONCLUSÕES
Conclui-se que a maior taxa de mortalidade se deu em Rondônia quando se compara com o Brasil, além de que há maior número de óbitos está no sexo masculino e o número de internações está mais prevalente nos idosos tanto no Brasil quanto em Rondônia. Já a média de permanência é elevada na faixa etária pediátrica nos dois locais analisados. Nota-se, portanto, que medidas de prevenção primária e secundária para toda população ainda é o melhor caminho para que ocorra um declínio nos casos do AVC no Brasil, pois diminuirá todas as variáveis descritas. Outrossim, para uma redução na média de permanência, é importante salientar os profissionais de saúde para o reconhecimento dos acidente vascular na pediatria, permitindo uma intervenção precoce e dirigida.
Área
CIRURGIA VASCULAR
Instituições
Liga Acadêmica de Clínica Cirúrgica de Rondônia - LACCRO - Rondônia - Brasil
Autores
Kamila de Deus Passos Leles, Marcelo Regis Lima Corrêa, Letícia Vitória de Almeida Lima, Wilyan Dias Cosmo de Oliveira, João Matheus Calixto Lins, Heloisa Magnoler Alencar da Silva, Michelly Alyce Gularte Alexandre, Johnathan de Sousa Parreira