Dados do Trabalho


TÍTULO

ABCESSO HEPATICO: ANALISE DE 10 CASOS DO HOSPITAL UNIVERSITARIO PROFESSOR ALBERTO ANTUNES ( HUPAA) ENTRE 2015 A 2017.

OBJETIVO

Demonstrar a casuística de abscesso hepático em pacientes internados no serviço de cirurgia geral do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) entre 2015 a 2017, analisando-se, entre as principais características, perfil clínico dos pacientes, sintomatologia, tipos de abscessos, exames de imagem, terapêutica instituída, morbilidade e mortalidade.

MÉTODO

Este trabalho corresponde a estudo prospectivo de abscessos hepáticos de pacientes internados no serviço de Cirurgia Geral do HUPAA, envolvendo análise de prontuários de 10 pacientes atendidos entre 2015 a 2017 que apresentaram abscesso hepático.

RESULTADOS

Neste estudo, nove (90%) dos pacientes eram do sexo feminino, apresentavam faixa etária que variava de 27-90 anos e média de 29,2 dias de internação. Notou-se intensa relação entre colangite e abscesso hepático (70%). As manifestações clínicas mais observadas foram dor abdominal (90%) associada a náuseas (50%) e vômitos (40%). Os principais exames de imagens utilizados para auxiliar no diagnóstico foram: ultrassonografia ( 90%), ressonância ( 60%) e tomografia ( 50%). Em nove casos, o abscesso era do tipo piogênico e apenas em um do tipo amebiano. Noventa por cento dos pacientes foram submetidos a procedimento cirúrgico, a citar coledocotomia, exploração, drenagem, sendo que apenas um paciente (10%) recebeu tratamento clínico durante o período de acompanhamento. Cem por cento dos pacientes fizeram uso de antibioticoterapia ( 7- 60 dias de uso). Seis pacientes evoluíram no pós-operatório com complicações, sendo elas: pneumotórax (10%), sepse (10%), derrame pleural (20%) e óbito (20%).

CONCLUSÕES

Abcessos hepáticos são mais comuns, piogênicos ou amebianos. Abscessos piogênicos podem ser causados principalmente por causa biliar (cálculos biliares, colangite e malignidades) ou sepse (diverticulite, doença inflamatória intestinal, inflamação e malignidades intra-abdominais) e em em menor grau por superinfecção de cistos ou tecido necrótico, trauma ou disseminação hematogênica. No nosso estudo, 90% foi do tipo piogênico. O patógenos mais comuns são as espécies de Streptococcus (29,5%), E. coli (18,1%), espécies de Staphylococcus (10,5%) e Klebsiella (9,2%). Tivemos dificuldade em nosso hospital de caracterizar a microbiota dos abscessos.
O tratamento consiste em combinação regime de antibióticos e intervenção cirúrgica (aspiração, drenagem ou ressecção). Sabendo que a drenagem percutânea constitui um método com bons resultados terapêuticos. Em nosso serviço, não possuimos serviço de radiologia intervencionista para realização de drenagem guiada, porém abordamos a maioria dos casos relatados com laparoscopia que se demonstrou efetiva.

Área

FÍGADO

Instituições

Hospital Universitário Professor Alberto Antunes - HUPAA/UFAL - Alagoas - Brasil

Autores

TADEU GUSMÃO MURITIBA, MATHEUS LEITE ROLIM, ADRIANA MELO BARBOSA COSTA, ANNA KAROLINE ROCHA DE SOUSA, CLAUBIANO CIPRIANO MOURA, MARIA CAROLINA SANTOS MALAFAIA FERREIRA, CAROLINE CARVALHO FERRO, IGOR DE LIMA RIBEIRO