TÍTULO

COMPARAÇAO ENTRE DIFERENTES TEMPOS DE PERCONDICIONAMENTO EM ISQUEMIA RENAL: UMA REVISAO DE LITERATURA

OBJETIVO

Objetiva-se realizar uma revisão de literatura que busque a comparação dos diferentes protocolos de percondicionamento durante a isquemia renal.

MÉTODO

As informações foram obtidas a partir de buscas feitas nas bases de dados BIREME DECS, LILACS e PUBMED, utilizando como descritores as palavras-chave “renal ischemic injury” e “perconditioning”, com as opções em inglês e português, tendo sido empregado o booleano AND. Além disso, foram excluídos do trabalho os artigos publicados há mais de 5 anos ou que não abordavam de forma mais profunda a relação entre o modelo de percondicionamento renal empregado e seus efeitos protetores sobre a síndrome de isquemia e reperfusão, tendo sido encontrados 27 artigos aptos para serem abordados no trabalho.

RESULTADOS

O processo de ação do percondicionamento ainda não é totalmente conhecido, mas que atua na liberação de autacoides protetores, como óxido nítrico, possuindo efeitos nefroprotetores e em outros órgãos, como o fígado.
Com o uso de 3 ciclos de intervalos de 10 minutos de isquemia e reperfusão na técnica de percondicionamento, os níveis de creatinina foram menores se comparados com os intervalos de 5 minutos de isquemia e reperfusão no percondicionamento; porém, a diferença foi bem sutil – utilizando-se o tempo de 30 minutos de isquemia renal.
Houve também o achado de modelos de indução de isquemia de 60 minutos, com percondicionamento de 4 ciclos de 5 minutos de isquemia e 5 minutos de reperfusão, sendo que não foram observadas diferenças significantes com outros tipos de percondicionamento, entretanto todos obtiveram melhores resultados quando comparados na análise histológica quando comparados com o grupo isquemia e reperfusão renal.
Dessa forma, denota-se uma ampla variação tanto no tempo de indução da isquemia renal e de percondicionamento, assim como quanto às análises observadas.

CONCLUSÕES

A comparação dos efeitos entre tempos diferentes de condicionamento foi bastante prejudicada devido, dentre outros fatores, à considerável divergência de metodologias e utilização de análises diferentes.
Em vista destes aspectos, é possível concluir que é necessária a criação de mais trabalhos focados na comparação entre modelos de percondicionamento em situações de isquemia renal para auxiliar no desenvolvimento e emprego de técnicas mais eficientes no combate aos efeitos negativos da síndrome de isquemia e reperfusão e melhor elucidação do seu mecanismo de ação.