Dados do Trabalho
TÍTULO
PANCREATECTOMIA DISTAL LAPAROSCOPICA COM E SEM PRESERVAÇAO ESPLENICA: ANALISE COMPARATIVA DOS RESULTADOS EM CURTO E LONGO-PRAZO.
OBJETIVO
Objetivo: Analisar e comparar os resultados em curto e longo prazo das pancreatectomias distais laparoscópicas realizadas por meio de duas técnicas diferentes (com esplenectomia versus com preservação esplênica com preservação dos vasos esplênicos).
MÉTODO
Cinquenta e oito pacientes foram operados entre janeiro de 2009 a junho de 2018. Os pacientes foram divididos em dois grupos: Grupo 1 - PDL com esplenectomia (PDLE) e Grupo 2 - PDL com preservação esplênica e de vasos esplênicos (PDLPEVE). Foram utilizados os testes de ANOVA e Exato de Fischer para comparação entre as variáveis entre os grupos. A curva de sobrevida foi calculada pelo método de Kaplan-Meier. Considerou-se um valor de p < 0,05 como estatisticamente significante
RESULTADOS
As características epidemiológicas dos dois grupos foram estatisticamente semelhantes (idade, sexo, IMC e tamanho das lesões) – p>0,05. O tempo cirúrgico médio (p=0,04) assim como a média de sangramento intra-operatório (p=0,03) foram maiores no grupo 1. Também o número de linfonodos ressecados foi maior no grupo 1 (p<0,000). Não houve diferença estatisticamente significante em relação a conversão, morbidade ou mortalidade pós-operatória precoce entre os grupos (p>0,05). A média de internação hospitalar foi similar entre os grupos (p>0,05). A taxa de fístula pancreática (grau B e C) foi similar entre os grupos (p>0,05). A média de seguimento global foi 37,6 meses (entre 5 a 96 meses). As complicações tardias foram similares entre os grupos (p>0,05). A sobrevida global em longo prazo foi menor no grupo 1, no entanto a histologia adenocarcinoma foi considerada variável independente de sobrevida na análise multivariada (p<0,05).
CONCLUSÕES
Conclusão: Na presente amostra foi observado que as duas técnicas foram superponíveis, exceto respectivamente pelos maiores sangramento intra-operatório, tempo cirúrgico e número de linfonodos ressecados no Grupo 1 (PDLE). Não se observou no período estudado diferença em relação ao surgimento de infecções ou neoplasias relacionadas com a remoção ou não do baço durante o período de seguimento. A manutenção do baço evitou imunizações periódicas nos pacientes do Grupo 2 ( PDLPEVE) .
Área
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
UNB - Distrito Federal - Brasil
Autores
sergio renato Pais-Costa