TÍTULO

AS OPÇÕES DE TRATAMENTOS QUE OFERTAMOS AOS PACIENTES COM CÂNCER GÁSTRICO, TEM MELHORADO OS RESULTADOS? ANÁLISE DE UM SERVIÇO DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA.

OBJETIVO

Comparar os resultados do tratamento do câncer gástrico de um grupo recente de pacientes com os dados históricos obtidos do Registro Hospitalar de Câncer, da própria instituição. Verificando se houve evolução nos resultados obtidos.

MÉTODO

(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)

Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.

Um grupo de dados é obtido de um estudo descritivo retrospectivo comparativo. Para pacientes com câncer de estomago submetidos a Gastrectomia com linfadenectomia a D2 durante o período de jan-2005 a jul--2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. O outro grupo de dados (dados históricos) é obtido do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) da própria instituição, no período de 2000 a 2004. Por tanto esta analise não inclui os mesmos pacientes nos grupos. As analises estatísticas das taxas de sobrevida e sobrevida livre de doença foram estimadas pelo método de Kaplan-Maier e comparadas com o teste de log-rank. Para a comparação entre os grupos foi utilizado teste Anova. Os dados foram analisados com os programas SPSS 23.0 e STATA15, sendo p<0,05 considerado estatisticamente significativo

RESULTADOS

No estudo recente foram incluídos 396 pacientes, todos submetidos a tratamento cirúrgico. Na analise histórica do RHC foram incluídos 429 pacientes. A analise das idades entre os grupos não foi significativa. O sexo masculino representou 63,4% da atual amostra, contra 70,3% da media histórica, não sendo estatisticamente significante.
O tipo histológico mais frequente foi o adenocarcinoma em ambos os estudos, 97% atualmente e 95,3% na analise do RHC.
Já os dados do estadiamento foram divergentes, considerando tumores localmente avançados houve um aumento de 26,2% no passado e 36,6% recentemente, não sendo estatisticamente significante
O tratamento neoadjuvante também encontramos um aumento no decorrer do tempo, passou de 9,4% para 19,20% atualmente.
Avaliando a sobrevida global em 5 anos de ambos os grupos encontramos uma sobrevida muito superior no grupo recente, isto pelas características de cada um dos tipos de levantamento. Porem, quando avaliamos a sobrevida em 5 anos relacionada ao estadiamento clinico, encontramos no grupo recente ECI 90%, ECII 67%, EC III 51%, já no grupo histórico institucional o EC I 68,9%, EC II 28,3%, EC III 17,1%. (p<0,0001)

CONCLUSÕES

A evolução do tratamento oncológico com melhora nos padrões cirúrgicos e maior emprego de tratamento neoadjuvante proporcionaram aumento significativo da sobrevida global, apesar da maior incidência de tumores localmente avançados.