TÍTULO

TRATAMENTO CIRURGICO DO CANCER COLO-RETAL: ANALISE COMPARATIVA ENTRE OS DESFECHOS DOS PACIENTES TRATADOS PELA TECNICA ABERTA E VIDEOLAPAROSCOPICA.

OBJETIVO

Apresentar os dados do tratamento cirúrgico de pacientes com tumores de cólon e reto, realizando uma analise comparativa dos resultados (cirúrgicos e oncológicos) de acordo com a via de acesso escolhida.

MÉTODO

(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)

Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.

Estudo descritivo retrospectivo comparativo. Incluídos pacientes com câncer de cólon e reto submetidos a cirurgia de ressecção no período de set-2009 a dez--2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. As varias analises estatísticas foram realizadas utilizando os programas SPSS 23.0 e STATA 15, sendo p<0.05 considerado estatisticamente significativo.

RESULTADOS

Estudo de 515 pacientes com mediana de idade de 63.66 (54-71) anos. O sexo masculino representou 267 (51,8%). Apresentavam bom estado geral (P S Zubrod 1 ou 2) 430 (83,5%) pacientes. O estádio clinico se concentrou em II ou III em 61,7% dos casos.
Necessitaram de tratamento neoadjuvante 92 (17,9%) dos pacientes. As opções de acesso para a operação foi 447 (86,8%) casos para cirurgias via aberta e 68 (13,2%) por via laparoscópica. A distribuição dos tipos de procedimentos (Retosigmoidectomia, Colectomia, etc.) realizados não variou em virtude da via de acesso escolhida.
As seguintes variáveis estudadas não apresentaram diferença estatística significativa entre os grupos: Tempo Cirúrgico, Complicações pós-operatórias, reoperações, óbito relacionado a cirurgia, Estada Hospitalar, Estada na UTI, margens cirúrgicas livres.
Dado relevante em favor da cirurgia convencional é o fato que por esta via se atingiu um número de vezes significativamente maior a linfadenectomia ampla, considerada adequada para o tratamento oncológico. Como na analise univarida e multivariada deste grupo de pacientes, os linfonodos positivos foram o principal fator prognostico, se torna de extrema importância a meta cirúrgica de uma linfadenectomia adequada. O seguimento médio dos pacientes foi de 3,4 anos. A sobrevida global em 5 anos foi de 72,4%, sem diferença entre os grupos.

CONCLUSÕES

Ambas vias de acesso mostraram-se equivalentes em morbimortalidade operatória. A sobrevida global em 5 anos foi equivalente, apesar de ter sido realizada linfadenectomia mais ampla por via aberta.