Dados do Trabalho


TÍTULO

Colostomia protetora preemptiva no tratamento do câncer colorretal: menos reoperações e menor mortalidade cirúrgica.

OBJETIVO

A retossigmoidectomia e colectomia esquerda são procedimentos amplamente utilizados no tratamento do cancer colorretal. A confecção de estoma protetor e assunto bastante controverso na literatura. Apresentamos casuística de serviço de referência em Oncologia no Sul do Brasil, analisando comparativamente o desfecho dos casos em relação a presença ou não da colostomia protetora.

MÉTODO

(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)

Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.

Estudo descritivo retrospectivo comparativo. Incluídos pacientes submetidos a reotssigmoidectomias /colectomias esquerdas no período de set-2009 a dez--2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. Realizando analise comparativa entre os grupos de pacientes de acordo com a realização ou não de colostomia protetora.
Varias analises estatísticas foram realizadas com o suporte dos programas SPSS 23.0 e STATA 15, sendo p<0.05 considerado estatisticamente significativo.

RESULTADOS

Realizadas 355 retossigmoidectomias/colectomias esquerdas, todas de caráter oncológico, sendo 136 (38,3%) sem estoma protetor e 219 (61,7%) com estoma. O risco anestésico mensurado pelo ASA foi significativamente maior no grupo de pacientes com estoma protetor. Na analise estatística a confecção do estoma não acrescentou tempo ao procedimento cirúrgico.
Complicações Graves (Clavien-Dindo 3-4-5) aconteceram em geral 84 (23,7%) do total de pacientes, sendo 61(27,9%) com estomas e 23 (16,9%) sem estomas (p=0,01). Não houve diferença significativa no índice de reoperaçao e na mortalidade cirúrgica entre os grupos. A cirurgia por via laparoscópica, como era de prever foi associada a um numero menor de confecções de estomas. O tempo de estada hospitalar não foi diferente entre os grupos, porem a permanência na UTI foi significativamente maior no grupo de pacientes com estoma protetor.

CONCLUSÕES

A realização de colostomia preemptiva em pacientes com maior potencial de complicação cirúrgica evita reoperações e reduz mortalidade pós-operatória. Estatisticamente o grupo que realizou a colostomia protetora apresentou um desfecho pior. Clinicamente podemos interpretar que a decisão de realizar a colostomia foi tomada nos pacentes em que se esperava um desfecho pior.
A discussão continua!!!

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Phillipe Abreu, Cristiano Ontivero Pereira, Nickson Dalla Giustina, Vitoria Diana Mateus Almeida Gonçalves, Eduardo Da Cás, Danilo Saavedra Bussyguin, Thamyle Moda Santana Rezende