Dados do Trabalho
TÍTULO
INFLUENCIA DA ORIGEM DA METASTASES NOS RESULTADOS CIRURGICOS DAS HEPATECTOMIAS POR METASTASES COLORRETAIS VS NAO COLORRETAIS.
OBJETIVO
Descrever e comparar variáveis clínicas e cirúrgicas dos pacientes submetidos a hepatectomias, separados em grupos, de acordo com a origem das metástases.
MÉTODO
(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)
Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.
Estudo descritivo retrospectivo comparativo. Foram incluídos todos pacientes submetidos a hepatectomias no período de outubro-1999 a julho-2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com a origem do tumor primário: colorretal vs não colorretal. Os dados foram expressos como média e desvio padrão ou como mediana e intervalo interquartílico para distribuição não normal. Variáveis numéricas quantitativas foram analisadas com o Teste t de Student. O teste não paramétrico Mann-Whitney U foi utilizado para variáveis numéricas de distribuição não normal. Variáveis categóricas foram analisadas com o teste Qui-quadrado com correção de Fisher. Os dados foram analisados com os programas SPSS 23.0 e STATA 15, sendo p<0.05 considerado estatisticamente significativo.
RESULTADOS
Realizadas 86 hepatectomias, 56 por metástases colorretais e 30 por metástases de outras neoplasias. No grupo de pacientes com metástase colorretal, 41 (73,20%) eram ASA 2, o tempo médio do procedimento foi de 240 minutos (IQR 150-300). Complicações pós-operatórias aconteceram em 6 (10,7%) casos. A mediana do tempo de internação foi 5 (IQR 3-7), permanecendo 2 (IQR 1,25-3) dias em UTI. O tamanho médio da lesão foi de 3 (2,27-5,72) e número de lesões ressecados foi 1 (IQR 1-3). A ressecção foi anatômica em 36 (64,3%)dos pacientes.
No grupo de pacientes com metástases não colorretais 20 (74,1%) eram ASA 2, tendo tempo médio de cirurgia 145 minutos (IQR 120-240). Em 4 (13,3%) pacientes houve complicação pós-operatória. A mediana do tempo de internação foi 3 (IQR 3-6), permanecendo 2 (IQR 0-3) dias em UTI. O tamanho médio da lesão foi de 4 (IQR 3,75-5) e número de lesões ressecados foi de 1 (IQR 1-1). A ressecção anatômica ocorreu em 25 (83,30%) pacientes.
Quando comparado os grupos, tempo cirúrgico (p 0,005), número de leões (p <0,001) e ressecção anatômica (p=0,06) foram estatisticamente significantes. Não houve diferença de sobrevida global entre os grupos.
CONCLUSÕES
Para permitir preservação de parênquima saudável, ressecção hepáticas por metástases colorretais são associadas a maior tempo cirúrgico e a mais ressecções não-anatômicas, sem aumento no índice de complicações cirúrgicas.
Área
FÍGADO
Instituições
Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil
Autores
Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Phillipe Abreu, Raphaella Ferreira, Guilherme Augusto Polaquini, Vitoria Diana Mateus Almeida Gonçalves, Eduardo Da Cás, Regina Maria Goolkate, Thamyle Moda Santana Rezende