Dados do Trabalho
TÍTULO
Impacto do tamanho da resseção hepática nos resultados cirúrgicos: análise de 86 casos operados em uma única instituição.
OBJETIVO
Avaliar a morbidade e mortalidade de pacientes submetidos a ressecção hepática e comparar os resultados entre os grupos de hepatectomia maior e menor.
MÉTODO
(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)
Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.
Estudo descritivo retrospectivo comparativo. Foram incluídos todos pacientes submetidos a hepatectomia no período de outubro-1999 a julho-2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. Os pacientes foram divididos em grupos de acordo com hepatectomia maior (cirurgia com ressecção de pelo menos 3 segmentos hepáticos ou ressecção envolvendo o segmento IV) e hepatectomia menor. Os dados foram expressos como média e desvio padrão ou como mediana e intervalo interquartílico para distribuição não normal. Variáveis numéricas quantitativas foram analisadas com o Teste t de Student. O teste não paramétrico Mann-Whitney U foi utilizado para variáveis numéricas de distribuição não normal. Variáveis categóricas foram analisadas com o teste Qui-quadrado com correção de Fisher. Os dados foram analisados com os programas SPSS 23.0 e STATA 15, sendo p<0.05 considerado estatisticamente significativo.
RESULTADOS
Foram realizadas 86 hepatectomias, sendo 68 hepatectomias maiores e 18 hepatectomias menores.
No grupo das hepatectomias maiores, 48 (72,70%) casos eram ASA 2, o tempo médio da cirurgia foi de 205 minutos. Complicações pós-operatórias aconteceram em 9 (13,2%) pacientes, dos quais 2 (2,9%) necessitaram de reoperação. Neste grupo a ressecção anatômica aconteceu em 56 (82,40%) pacientes.
No grupo das hepatectomias menores, 13 (76,5%) casos eram ASA 2, sendo o tempo médio de cirurgia de 180 minutos. Em 1 paciente (5,6%) houve complicação pós-operatória, e necessitou ser reoperado. A mediana do tempo de internação foi 3 (IQR 3-6), permanecendo 2 (IQR 0-2,25) dias em UTI. O tamanho médio da lesão foi de 4 (IQR 3-5) centímetros e número de lesões ressecados foi de 1 (IQR 1-1,25). Neste grupo, 16 (88,9%) foram submetidos a primeira hepatectomia e a ressecção foi anatômica em 5 (27,8%) dos pacientes.
Quando comparado os grupos, apenas a variável ressecção anatômica, mostrou-se significativamente maior (p=0,001), no grupo das hepatectomias maiores foi estatisticamente significante.
CONCLUSÕES
Não houve diferença significativa entre os grupos quando avaliamos as variáveis em tempo cirúrgico, tempo de internamento e UTI, taxa de complicação pós-operatória e reoperação. Já nas hepatectomias maiores por uma questão de preservação da função hepática e de técnica cirúrgica as ressecções anatômicas se impõem neste grupo.
Área
FÍGADO
Instituições
Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil
Autores
Phillipe Abreu, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Raphaella Ferreira, Guilherme Augusto Polaquini, Marcelo Tsuyoshi Yamane, Maria Julia Macedo Bonatto, Thamyle Moda Santana Rezende, Regina Maria Goolkate