Dados do Trabalho


TÍTULO

Prostatectomia radical laparoscópica vs aberta: resultados cirúrgicos e oncológicos de 415 pacientes operados.

OBJETIVO

O tratamento cirúrgico do Câncer de Próstata pode ser realizado tanto por via aberta (PA) quanto videolaparoscópica (VLP). Em ambos os casos, os pacientes podem apresentar incontinência urinária e disfunção sexual induzidas pelo ato operatório. Comparamos os resultados cirúrgicos, oncológicos e funcionais de nossos pacientes, considerando a via de acesso cirúrgico utilizada.

MÉTODO

(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)

Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.

Estudo descritivo retrospectivo comparativo. Para pacientes com Câncer de Próstata submetidos a Prostatectomia Radical durante o período de jan-2009 a Dez--2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. Agrupados para esta analise entre aqueles que realizaram o procedimento por via Convencional ou por via Laparoscopica.
A indicação da via laparoscópica foi baseada na disponibilidade de material e equipe para realização do procedimento no dia agendado para a cirurgia. O padrão do tratamento pelo SUS é a via aberta.
Os dados foram submetidos a diversas analises estatísticas, o suporte destas análises foi dos programas SPSS 23.0 e STATA 15, sendo p<0.05 considerado estatisticamente significativo.

RESULTADOS

No período do estudo foram realizadas 415 prostatectomia radicais, destas a maioria 384 foram realizadas por via Convencional (Aberta). Apesar do pequeno numero de casos realizados via laparoscópicas (31), o perfil pré-operatório é semelhante, e as diferenças entre o volume de indicação aconteceu de maneira aleatória.
Variáveis que não demostraram diferença estatística significante na comparação entre os grupos: idade, IMC, risco anestésico (ASA), Gleason, PSA, margens cirúrgicas livres, invasão de vesículas seminais, complicações (ate 30 dias), necessidade de hemotransfussão.
O tempo cirúrgico foi significativamente menor na via convencional, com 150 minutos de media. Por outro lado, a via Laparoscópica teve menor tempo de internação, e menor tempo de sondagem vesical, com uma diferença significante do ponto de vista estatístico.
A incontinência em até 30 dias também foi um fator favorável a técnica minimamente invasiva. Porem quando avaliamos incontinência a longo prazo (1 ano) não houve diferença entre os grupos. Quando falamos em disfunção erétil, tanto a curto como longo prazo não encontramos diferenças entre as técnicas. A sobrevida em 5 anos não apresentou diferença do ponto de vista estatístico, porem o grupo da Via Laparoscópica apresentou uma tendência superior.

CONCLUSÕES

A técnica laparoscópica apresentou menor taxa de complicação pós-operatória, apesar de maior tempo cirúrgico. Disfunção urinária precoce foi menor nos pacientes operados por via laparoscópica.

Área

UROLOGIA

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Phillipe Abreu, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Jônatas Luiz Pereira, Raphaella Ferreira, Guilherme Augusto Polaquini, Eduardo Da Cás, Kerle Wannlen Campos Silva Araujo, Regina Maria Goolkate