TÍTULO

CÂNCER DE RIM. CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLÓGICAS E ANALISE DOS CASOS TRATADOS NO PERÍODO DE 2010 A 2014.

OBJETIVO

Apresentar os dados coletados e processados pelo Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner no período de 2010 até 2014 referentes aos pacientes portadores de câncer de rim admitidos e tratados na instituição. Estudar as características epidemiológicas tentando definir quais os fatores de risco para a doença assim como para o resultado do seu tratamento.

MÉTODO

(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)

Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.

O Registro Hospitalar de Câncer do Hospital Erasto Gaertner realiza coleta de dados continua e sistemática desde a admissão do paciente até o seguimento por no mínimo 5 anos, produz relatórios frequentes. A presente amostra foi obtida no período de janeiro de 2010 ate dezembro de 2014. Os casos classificados como analíticos foram coletados do prontuário único do paciente. Apresentamos a série histórica de cinco anos do RHC-HEG, utilizando o sistema desenvolvido pelo INCA – SisRHC, versão 3.2. O sistema gera tabelas de frequência absoluta e relativa, auxiliado pelo programa SPSS para a análise de dados. A determinação do tempo de sobrevida foi avaliada, em meses. A taxa de sobrevida foi calculada pelo método descrito por Kaplan-Meier. As diferenças estatísticas foram testadas pelo teste de Log-Rank.

RESULTADOS

Foram admitidos 173 casos de câncer de rim no período de 2010 a 2014. Sendo a distribuição por sexo 93 (53,8 %) homens e 80 (46,2%) mulheres. A procedência de 87,4 % da área rural. A distribuição por idade mostrou um pico de incidência entre 60 ate 69 anos. O tipo histológico mais freqüente foi o 43,9 % Carcinoma de Células Renais, seguido de adenocarcinoma de células claras, 33,5%. O estadiamento, baseado no TNM (UICC), apresentou a seguinte distribuição, 5,5 % eram estádio clínico I, 21,7 % eram estádio clínico II, 21,4 % eram estádio clínico III, 34,4 % eram estádio clinico IV, 17,0 % dos pacientes foram não estadiáveis e ou ignorados. Quanto ao tipo de tratamento realizado na instituição, 67,6 % foram submetidos à cirurgia. Ao final da primeira fase do tratamento (média de 8 meses), 66,4 % dos pacientes estavam vivos. A sobrevida global média em dois e cinco anos foi de 91 % e 60 % respectivamente.

CONCLUSÕES

A maioria dos pacientes apresentava tumores estádio clinico II e III , sendo o tratamento mais empregado o operatório, estando vivos ao término do tratamento proposto aproximadamente 66 %.Nos últimos anos notamos um aumento da porcentagem de cirurgias, reflexos do aumento de suporte tecnológico e do aumento do diagnostico em estádios que permitem este tipo de tratamento, que é o que proporciona melhores chances de cura.