Dados do Trabalho


TÍTULO

NEFRECTOMIA RADICAL E NEFRECTOMIA PARCIAL NO CÂNCER RENAL: QUAL O BENEFICIO?

OBJETIVO

Analisar comparativa e retrospectivamente o desfecho cirúrgicos e oncológicos de pacientes com câncer renal submetidos a Nefrectomia Radical e Nefrectomia Parcial.

MÉTODO

(GPO – HEG: Grupo de Pesquisa em Oncologia)

Hospital Erasto Gaertner, Liga Paranaense de Combate ao Câncer.
Curitiba – Paraná.

Estudo descritivo retrospectivo comparativo. Para pacientes com Tumores Renais submetidos a Nefrectomia durante o período de jan-2010 a Nov--2015 no Hospital Erasto Gaertner de Curitiba-PR. A análise foi comparativa entre os grupos que foram submetidos a Nefrectomia Radical com o grupo submetido a Nefrectomia poupadora de nefrons (Nefrectomia Parcial). Os dados foram submetidos a diversas analises estatísticas, o suporte destas análises foi dos programas SPSS 23.0 e STATA 15, sendo p<0.05 considerado estatisticamente significativo.

RESULTADOS

Foram analisados 74 pacientes, dos quais 16 foram submetidos a nefrectomia parcial e 58 a nefrectomia radical. Os pacientes foram operados tanto por cirurgia aberta quanto por via laparoscópica sendo, por esta última, 31.30% das nefrectomias parciais e 19.00% das nefrectomias radicais. Um dos pontos mais marcantes na avaliação do desfecho cirúrgico foi o tamanho do tumor, já que nas cirurgias radicais, os pacientes apresentavam tumores significativamente maiores (p < 0.001). Essas cirurgias também resultaram em um maior número de complicações pós-operatórias graus 3, 4 e 5 de Clavien-Dindo, enquanto os pacientes que tiveram somente o tumor retirado não apresentaram nenhuma complicação nestes graus (p = 0.03). Os pacientes submetidos a nefrectomia radical apresentaram um tempo médio de internação em enfermaria maior do que os pacientes submetidos a nefrectomia parcial (p = 0.02). Esses achados, no entanto, não se traduziram em diferença significativa na sobrevida global média em ambos os grupos (p = 0.26). Esse dado reforça o que tem sido discutido recentemente na literatura de que, apesar da maior incidência de complicações, a nefrectomia radical não está associada a aumento da mortalidade.

CONCLUSÕES

A nefrectomia parcial é uma alternativa de tratamento segura no carcinoma renal e está associada a menor complicações e menor tempo de internação. É importante ressaltar que o tamanho do tumor torna seu uso limitado. Além disso, apesar dos problemas encontrados na nefrectomia radical, não houve diferença significativa na sobrevida global média nos grupos analisados.

Área

UROLOGIA

Instituições

Hospital Erasto Gaertner - Paraná - Brasil

Autores

Phillipe Abreu, Flavio Daniel Saavedra Tomasich, Murilo Almeida Luz, Raphaella Ferreira, Nickson Dalla Giustina, Thatiane Litenski, Danilo Saavedra Bussyguin, Guilherme Augusto Polaquini