Dados do Trabalho


TÍTULO

REESTENOSE DE STENT CORONARIO CONVENCIONAL POS ANGIOPLASTIA

INTRODUÇÃO

Os stents coronários representam uma grande evolução no campo da revascularização coronária percutânea para o tratamento das cardiopatias isquêmicas, pois diminuiram a frequência na realização das cirurgias de revascularização do miocárdio de emergência. Todavia, os stents metálicos não foram capazes de eliminar por completo o problema da reestenose pós-implante de stent. Essa complicação é definida, angiograficamente, como a presença de lesão maior que 50 % no sítio tratado no seguimento tardio, e clinicamente, pela recorrência do quadro clínico e elevação das enzimas cardíacas. O tratamento deste evento adverso pode ser clínico, percutâneo ou cirúrgico. Além disso, deve haver controle dos fatores de risco relacionados à aterosclerose e uso regular das medicações, principalmente a dupla antiagregação.

RELATO DE CASO

E.S.S.F, sexo feminino, 39 anos, deu entrada no Hospital Universitário Nova Esperança. Apresentando precordialgia intensa associada a náuseas e sudorese. Possuia história prévia de infarto agudo do miocárdio com cineangiocoronariografia anterior demonstrando lesão localizada e única de 80% em terço médio da Artéria Coronária Direita (ACD) e posterior angioplastia para colocação de stent convencional no terço proximal e médio da (ACD). A paciente relatou que após alta hospitalar não aderiu ao tratamento clínico de forma correta. Foi então realizado nova cineangiocoronariografia que evidenciou padrão de circulação coronariana tipo direita dominante, reestenose severa difusa do stent no terço proximal até médio da ACD com ponto de maior oclusão de 95%, e demais artérias sem lesões significativas. No mesmo procedimento, optou-se por angioplastia por balão para pré-dilatação e posterior colocação de stent farmacológico no ponto de reestenose. O procedimento decorreu com sucesso e sem intercorrências. Após procedimento a paciente evoluiu clínica e hemodinamicamente estável, sem queixas, apresentando sono e apetite preservados, além de evacuações e diurese presentes. Recebeu alta hospitalar após 3 dias de observação, sendo orientada da necessidade de manter medicações para antiagregação dupla durante 1 ano e a retornar ao ambulatório de cardiologia após 21 dias.

DISCUSSÃO

Diante do caso, observa-se a importância da adesão ao tratamento de maneira contínua. Visto que a dupla antiagregação após implantação de stent é de grande importância para o seguimento do tratamento, evitando graves complicações como a reestenose de stent. A melhor abordagem dessa grave complicação é seu conhecimento e prevenção, com escolha e manipulação adequadas do instrumental, aliados ao rápido reconhecimento da complicação por parte do operador.

Área

CIRURGIA VASCULAR

Instituições

FAMENE - Paraíba - Brasil

Autores

Sabrina Severo de Macêdo Duarte, Davi Lima Medeiros, Laís Soares Holanda, Gabriela de Almeida Maia Madruga