Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE DAS MAMOPLASTIAS REALIZADAS EM PACIENTES POS-BARIATRICA E O IMPACTO EM SUA QUALIDADE DE VIDA

OBJETIVO

A obesidade é considerada uma doença de proporções epidêmicas, frequentemente associada à morbidade e mortalidade aumentadas, assim como aumento dos gastos com saúde, redução da qualidade e da expectativa de vida. A alteração no formato das mamas, apresenta-se como um dos principais estigmas resultantes da perda ponderal significativa após a realização da cirurgia bariátrica, o que pode ter impacto na qualidade de vida dessas pacientes. No sentido de oferecer um tratamento amplo e multidisciplinar, o Sistema Único de Saúde (SUS), em parceria com o Grupo Hospitalar Conceição, vem oferecendo a esse grupo de pacientes cirurgias plásticas reparadoras. Esse trabalho objetiva avaliar dados das mamoplastias pós-bariátricas realizadas no Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre e o impacto na qualidade de vida destes pacientes.

MÉTODO

Estudo retrospectivo, descritivo e analítico de pacientes pós-bariátricos submetidos a mamoplastias, no período 01 de janeiro de 2017 a 30 de junho de 2018 no Hospital nossa Senhora da Conceição. Foram avaliados o índice de massa corporal antes da gastroplastia e da cirurgia plástica, as complicações pós-operatórias e as comorbidades e qualidade de vida pós-cirúrgica, por meio de preenchimento de um questionário.

RESULTADOS

Foram estudadas 52 pacientes com média de idade de 46 anos. O IMC médio no momento da cirurgia plástica foi de 28,15 Kg/m2. A média de perda de peso foi de 52,03 Kg e a média de IMC no momento da cirurgia bariátrica foi de 48,10Kg/m2. O tempo médio entre a cirurgia bariátrica e a cirurgia plástica foi de 65,12 meses ±42,61 meses. As comorbidades antes da cirurgia plástica mais importantes foram: hipertensão arterial (17,3%), hipotireoidismo (17,3%), depressão (15,4%) e ansiedade (19,3%). Das 52 pacientes operadas, 8 pacientes (8,4%) foram submetidas a mamoplastia redutora pela técnica de Pitanguy com retalho de Liacyr Ribeiro, 34 (65,4%) pacientes foram submetidas a mastopexia com inclusão de implantes mamários e 10 pacientes (19,2%) foram submetidas a mamoplastia de aumento. Em 54,5% das cirurgias, foi optado pelo plano subglandular e em 38,5% foi utilizado o duplo plano (dual plane). A taxa geral de complicações foi de 25% (13 pacientes), sendo que a maioria das complicações foi manejada sem necessidade de reintervenção em bloco cirúrgico, e tiveram maior relação com a idade avançada, tendo significância estatística (p<0,05). A depressão foi associada a maior ocorrência de complicações pós-operatórias, tendo sido significativo (P<0,05) 75% dos pacientes com depressão apresentaram complicações e 15.9% dos pacientes sem depressão apresentaram complicações. O escore de qualidade de vida demonstrou melhora em 100% das pacientes.

CONCLUSÕES

O perfil epidemiológico das pacientes pós-bariátricas submetidas a mamoplastia foi semelhante ao relatado na literatura. A mamoplastia desempenha papel de grande importância na cirurgia reparadora da paciente após grande perda ponderal, levando a expressiva melhora em sua qualidade de vida.

Área

CIRURGIA PLÁSTICA (Inclusive neoplasias malignas de pele)

Instituições

Universidade de Santa Cruz do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Carla Toillier de Oliveira, Carolina Sandi Kunz, Guilherme Fanti Panno, Diego Sisto Seidl, Juliana Mezari Carbajal, VinÍcius Dal Piva Pieta , Manuella Fernanda Wuensch Weschenfelder