Dados do Trabalho


TÍTULO

PERCEPÇAO DE ESTUDANTES DE MEDICINA ACERCA DE UM SIMULADOR BAIXO CUSTO DE CIRURGIA BARIATRICA VIDEOLAPAROSCOPICA.

OBJETIVO

Desde seu surgimento, a videocirurgia mudou muitos dos princípios básicos da cirurgia, exigindo uma nova e prolongada curva de aprendizado. Apesar das vantagens já estabelecidas na literatura, há diversas desvantagens como a imagem bidimensional e a movimentação limitada das pinças. Dentre as várias técnicas de cirurgia bariátrica, a gastrectomia vertical (sleeve) e o bypass gástrico em Y-de-Roux (RYGB) são os 2 procedimentos mais realizados. Dessa forma, faz-se necessário o conhecimento do profissional de saúde acerca das diferentes técnicas de cirurgia bariátrica e seu habilidade manual na videocirurgia para que possa indicar e operar da melhor forma possível. Com base nisso, o atual trabalho justifica-se em avaliar a percepção dos alunos em relação a dois simuladores de cirurgia bariátrica videolaparoscópica.

MÉTODO

Os procedimentos de cirurgia bariátrica foram realizados em um estômago, que foi moldado de feltro e preenchido com enchimento para almofada, dentro de uma caixa tampada cuja visualização era feita por uma webcam em um notebook. Para simular as ressecções gástricas, foi utilizado fecho de gancho e laço, permitindo a separação entre as partes do estômago. Os estudantes simularam o bypass gástrico em Y-de-Roux (RYGB) e a gastrectomia vertical (SG) e, após a prática, foi solicitado que os alunos respondessem um questionário que avalia a atividade com base na escala Likert de 5 pontos, variando de 1 a 5.

RESULTADOS

A prática foi realizada por 20 alunos, com média de, aproximadamente, 21 anos e em média do 3º semestre apenas. Desses, 8 (40%) já haviam tido contato com a videolaparoscopia,. Desses alunos, 18 (90%) ainda não haviam tido contato com o RYGB e 19 (95%) não haviam tido contato com a SG. Quando questionados acerca da capacidade do simulador de RYGB auxiliar a aprender o procedimento, os alunos avaliaram com nota média 4,95 e sobre o simulador de SG, os alunos avaliaram com média 4,85. Sobre a capacidade do simulador em reproduzir os passos dos procedimentos, a média para a SG foi de 4,6 e para RYGB foi de 4,85. Por fim, quando perguntado sobre os materiais utilizados para construir os modelos, a nota média foi 4,75.

CONCLUSÕES

Com base nos resultados obtidos, foi possível ver que os alunos acreditam que os simuladores oferecem um ambiente adequado de aprendizagem, tanto para estudantes que ainda não tenham tido contato com a videocirurgia quanto para estudantes que ainda não haviam conhecimento sobre o procedimento a ser executado. Uma maior prevalência de simuladores similares aos utilizados nesta pesquisa são fundamentais para o aumento do acesso de estudantes às práticas videolaparoscópicas desde o período da graduação, tornando-os mais acostumados a tais técnicas.

Área

EXPERIMENTAL / PESQUISA BÁSICA

Instituições

Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Heron Kairo Sabóia Sant'Anna Lima, Douglas Marques Ferreira de Lima, Afonso Nonato Goes Fernandes, Rodrigo Teófilo Parente Prado, Antonio Victor Gouveia Azevedo dos Santos, Túlio Timbó Arruda, Lara Poti Nobre, Francisco Julimar Correia de Menezes