TÍTULO

MODELO DE GASTRECTOMIA PARCIAL VIDEOLAPAROSCOPICA DE BAIXO CUSTO

OBJETIVO

Com a expansão da cirurgia minimamente invasiva, foi necessário que os cirurgiões adquirissem uma nova série de habilidades para superar desafios inexistentes na cirurgia convencional, como a perda de profundidade devido à imagem ser bidimensional, percepção invertida do movimento das mãos, limitação do grau de movimentação das pinças, diminuição da sensibilidade tátil e necessidade de realizar movimentos com ambas as mãos. Com base nisso, é perceptível a necessidade de simuladores para desenvolvimento de habilidades videolaparoscópicas, bem como promove uma incorporação adequada de aprendizado, pois permitem muita repetição sob supervisão qualificada. Dessa forma, o trabalho atual busca avaliar a percepção dos alunos em relação a um modelo de gastrectomia à Billroth 1 e à Billroth 2 videolaparoscópica.

MÉTODO

As gastrectomias à Billroth 1 e à Billroth 2 eram realizadas em um estômago, que foi moldado de feltro e preenchido com enchimento para almofada, dentro de uma caixa tampada cuja visualização era feita por uma webcam em um notebook. Para simular a ressecção gástrica, foi utilizado fecho de gancho e laço, permitindo a separação entre as partes do estômago. Os estudantes realizavam primeiro o Billroth 1 e depois o Billroth 2 e, após a prática, foi solicitado que os alunos respondessem um questionário que avalia a atividade com base na escala Likert de 5 pontos.

RESULTADOS

A prática foi realizada por 25 alunos com média de, aproximadamente, 20 anos e 3º semestre. Desses alunos, 21 (84%) ainda não haviam tido nenhum contato com o procedimento antes. Quando questionados sobre a capacidade do simulador em ajudar a compreender o procedimento, os alunos avaliaram com média 4,76. Questionando-se a possibilidade do simulador ser utilizado novamente em outros momentos/aulas, a nota média foi 4,96. Sobre mais aulas de procedimentos cirúrgicos serem associados com simuladores, todos os alunos deram a nota máxima. Já acerca da capacidade dos alunos em reproduzir o estômago em outros momentos, a nota média foi de 4,64. Por fim, quando questionados sobre o campo visual do simulador, os alunos avaliaram com média 4,56. Após a quantificação dos tempos da atividade, o tempo médio para a realização do Billroth 1 foi de 5 minutos e 47 segundos e para o Billroth 2 foi de 3 minutos e 13 segundos.

CONCLUSÕES

Com materiais de baixo custo e de fácil acesso, foi possível adaptar procedimentos complexos em simuladores de uma maneira mais simples, onde o estudante que está tendo contato pela primeira vez com o procedimento e/ou com a videolaparoscopia consegue compreender de uma forma eficaz. A diminuição do tempo entre o Billroth 1 e Billroth 2 sugere que a familiaridade com a manipulação da peça e realização prévia do procedimento auxiliam no desempenho final.