Dados do Trabalho


TÍTULO

O CONHECIMENTO ACERCA DA DOAÇAO DE ORGAOS SEGUNDO ESTUDANTES DE MEDICINA

OBJETIVO

Analisar o conhecimento acerca da doação de órgãos segundo estudantes de medicina.

MÉTODO

Estudo transversal quantitativo. Foi utilizado questionário que analisou o conhecimento dos alunos acerca do transplante de órgãos. Os critérios de inclusão foram alunos de medicina do 1º ao 9º semestre. Os critérios de exclusão foram alunos que não estivessem com a matrícula efetiva durante a aplicação da pesquisa.

RESULTADOS

A pesquisa foi respondida por 37 alunos, onde 10 alunos (27%) eram do primeiro semestre, 5 (13,5%) eram do segundo semestre, 7 (18,9%) do terceiro semestre, 6 (16,2%) do quarto semestre, 5 (13,5%) do quinto, 1 (2,7%) do sexto e 3 (8,1%). Quando questionados se um paciente em coma era potencial um doador imediato, 19 (51,4%) alunos afirmaram ser falso, enquanto 18 (48,6%) afirmaram ser verdadeiro. Acerca do conhecimento da Lista Única, que é um programa constituído pelo conjunto de potenciais receptores inscritos para o recebimento de cada tipo de órgão, tecido, célula ou parte do corpo, 26 (70,3%) afirmaram não conhecer e 11 (29,7%) conheciam o programa. Sobre o método de diagnóstico de morte encefálica, foi perguntado na questão se o diagnóstico de morte encefálica era realizado por meio de exames específicos e pela avaliação de dois médicos, com intervalo de 6 horas entre as avaliações, 34 (91,9%) acreditavam que era uma informação correta e 3 (8,1%) acreditavam estar incorreto. Ainda nesse aspecto, 31 (83,8%) dos entrevistados afirmaram que não era possível realizar o diagnóstico de morte encefálica apenas por exame clínica. Isso demonstra uma carência no conhecimento dos alunos sobre o assunto. Em relação ao contato com transplantes de órgãos durante a grade curricular, 36 (97,3%) dos alunos afirmaram não terem tido contato. Por fim, quando perguntado sobre a importância desse conteúdo na prática médica, 32 (86,5%) concordam totalmente nessa importância, 2 (5,4%) concordam parcialmente, 2 (5,4%) foram neutros e 1 (2,7%) discordam parcialmente. Essa carência não está limitada aos alunos, pois, em um estudo realizado com médicos intensivistas e professores de faculdade de medicina, foi observado que a maioria deles tinham dificuldade em responder sobre o diagnóstico de morte. Problemas relativos a desinformação transplante e doação podem ser encontrados em estudos de outros países, como observado em estudos no México.

CONCLUSÕES

Com base no que foi encontrado nos resultados, foi possível observar que houve uma prevalência na falta de conhecimento de estudantes de medicina acerca do conteúdo de transplante de órgãos e, de certa forma, a ausência desse conteúdo na grade curricular seria uma possível justificativa para um baixo conhecimento no assunto. A maior parte dos alunos concorda totalmente com a importância desse conteúdo na prática médica, sugerindo assim a introdução desses conteúdos na grade curricular acadêmica ou formação de cursos complementares relacionados à esse assunto.

Área

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Instituições

Universidade de Fortaleza - UNIFOR - Ceará - Brasil

Autores

Heron Kairo Sabóia Sant'Anna Lima, Douglas Marques Ferreira de Lima, Lara Poti Nobre, Rodrigo Teófilo Parente Prado, Matheus de Souza Mendes, Túlio Timbó Arruda, Matheus Jorge Pires Viana, Francisco Julimar Correia De Menezes