Dados do Trabalho
TÍTULO
O RISCO DE DESENVOLVIMENTO DE CÂNCER GÁSTRICO COM O USO DE INIBIDORES DE BOMBA DE PRÓTONS E OS NOVOS ALVOS TERAPÊUTICOS NO TRATAMENTO DE ÚLCERAS PÉPTICAS
OBJETIVO
Descrever os riscos de desenvolvimento de câncer gástrico com o uso de inibidores da bomba de prótons (IBPs), bem como apresentar novos alvos farmacológicos no tratamento de úlceras pépticas visando uma redução dos efeitos adversos que são causados com o uso crônico de IBPs.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão sistemática. Realizada busca nas bases de dados Medline, Lillacs e Scielo e utilizando os termos “úlcera”, “omeprazol”, “câncer gástrico” e “efeitos colaterais dos IBPs”. Os artigos revisados foram somente os que estavam inclusos nas plataformas citadas ou tese de doutorado, indexados no período entre primeiro de janeiro de 1997 e 31 de dezembro de 2017. Os demais artigos que não se enquadravam nesses critérios foram excluídos.
RESULTADOS
Estudos mostraram que, em animais submetidos à terapêutica com IBP em baixas doses, não há evidência de desenvolvimento de carcinoma e tumores neuroendócrinos gástricos, mesmo em animais infectados por Helicobacter pylori. Esse fato sugere que o uso de IBP é clinicamente seguro. No entanto, em doses elevadas, este medicamento induz hipergastrinemia secundária à hipocloridria medicamentosa.
O uso dos Inibidores da Bomba de Prótons (IBPs) leva a uma cicatrização e regeneração celular. No entanto, a proliferação celular continuada parece ser um evento crítico para a promoção do tumor. Assim, substâncias e circunstâncias que estimulam a proliferação celular, causadas por lesões continuadas ou outros mecanismos, podem funcionar, em princípio, como promotoras.
Vale ressaltar também que esta classe de fármacos diminui a absorção de vitamina B12 ao reduzirem a acidez gástrica. Esta ação se deve a uma alteração no ciclo do pepsinogênio, o qual necessita de certa acidez gástrica para ser transformado em pepsina retirando, assim, a vitamina B12 contida nos alimentos ingeridos.
Dessa forma, o presente estudo busca mostrar o risco de desenvolvimento de um câncer gástrico devido ao uso de alguns agentes químicos, em que podemos citar os IBPs, visto que esses são os mais utilizados no tratamento da patologia. Por isso, a importância de apresentar as novas alternativas farmacológicas no tratamento de ulceras gástricas.
CONCLUSÕES
Dessa forma, tem-se buscado novos alvos farmacológicos, na tentativa de reduzir os efeitos colaterais e obter uma melhor eficácia na resolução do problema. Dentre esses, podemos citar os produtos naturais sendo utilizados como possíveis fitoterápicos, como é o caso da T. avellanedae, mais conhecido como ipê-roxo, que através de seu extrato metanólico exibiu potente atividade contra a bactéria H. pilory. Ademais existem também medicamentos sintéticos, como o Aceturato de Diminazeno (DIME), agindo na via da enzima conversora de angiotensina II (ECAII), pela elevação dos níveis de Ang (1-7), que já demonstrara atuar de forma eficaz no Trato Gastrointestinal (TGI)
Área
ESTÔMAGO E DUODENO
Instituições
IESVAP - Piauí - Brasil
Autores
Helder Marques Lima Marques, Adauto Lucio Paes Landim de Oliveira Filho Paes , João vitor Rosado Chaves Chaves, Luan Kelves Miranda de Souza Miranda