TÍTULO

ANALISE COMPARATIVA DO TCE POR FAIXA ETARIA NO TOCANTINS E BRASIL ENTRE 2015 E 2017

OBJETIVO

O trauma cranioencefálico (TCE) é a principal causa de morte por causas externas em adultos jovens no Brasil. Entender a sua distribuição de cada estado da federação, permite uma abordagem individualizada de um problema tão comum em nossa sociedade. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é analisar a prevalência do trauma cranioencefálico no estado do Tocantins de acordo com a faixa etária, comparando o panorama estadual com a realidade nacional.

MÉTODO

Trata-se de um estudo retrospectivo e descritivo, no qual foram levantados os dados da internação por TCE de acordo com a faixa etária no Tocantins e no Brasil, permitindo uma comparação entre os dados encontrados, que foram considerados neste trabalho, de forma indireta, como a prevalência deste trauma na população. Os dados obtidos foram então confrontados com a literatura possibilitando inferências e apontando as conclusões tecidas neste trabalho.

RESULTADOS

Em todos os anos analisados, no Brasil, as internações por TCE representaram cerca 0,9% do total de internações no país. Enquanto isso, no Tocantins, em 2015 e 2017 foram respectivamente 0,93% e 0,94%, enquanto em 2016 1,11% das internações do estado foram devido ao TCE. Em uma análise em relação a faixa etária, no Brasil, entre 2015 e 2017, os adultos jovens representaram a faixa etária com maior número percentual de internações por TCE, com cerca de 32% (32,22%, 32,41% e 31,36%, respectivamente, por ano), do lado oposto, os indivíduos menores de 1 ano representam a faixa etária com menor número de internações por este tipo de trauma com cerca de 2,5% (2,56%, 2,40%, 2,48%, respectivamente) do total de internações, No Tocantins, seguindo o panorama nacional, a prevalência de internações para adultos jovens foi de 36,12%, 40,18% e 36,43%, respectivamente, entre os anos de 2015 e 2017, representando também a faixa etária com maior quantidade de internações por TCE e para os menores de 1 ano, para todo o estado, os dados encontrados foram, respectivamente, 1,6%, 1% e 1,4%, sendo também a faixa etária menos acometida por esta modalidade de trauma.

CONCLUSÕES

De acordo com a literatura, a faixa etária em que o TCE é mais prevalente é a do adulto jovem, que são indivíduos entre 20 e 39 anos. Através deste trabalho conclui-se que o Tocantins segue o panorama nacional e os adultos jovens, que são os mais acometidos pelos acidentes de trânsito e se expõe a riscos como dirigir sob efeito de drogas ou álcool, configuram a faixa etária mais acometida pelo TCE dentro do estado. O conhecimento individualizado em relação a faixa etária no contexto estadual direciona as propostas de mudanças através de campanhas de conscientização sobre o uso de capacete ou sobre a importância de não dirigir após a ingestão de bebidas alcoólicas, atitudes que são voltadas mais especificamente para o público entre 20 e 39 anos e que podem evitar a perda de indivíduos com grande capacidade produtiva, reduzindo o prejuízo socioeconômico inerente ao TCE.