Dados do Trabalho
TÍTULO
COLECISTECTOMIA CONVENCIONAL X COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA: ANALISE DOS PROCEDIMENTOS CIRURGICOS NO BRASIL NO PERIODO DE 2008-2018
OBJETIVO
Comparar a taxa de mortalidade das pessoas submetidas a colecistectomia convencional e videolaparóscopica no Brasil durante 2008-2018. Comparar o perfil das técnicas operatórias, destacando a quantidade de óbitos, os valores gastos, a média de permanência e o número de óbitos desses procedimentos no Brasil. Destacar o número de internações que culminaram com tais procedimentos.
MÉTODO
Refere-se a um estudo ecológico, de série temporal descritivo, cujos dados foram coletados por meio de consulta à base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS) no endereço eletrônico http://tabnet.datasus.gov.br. A população de estudo foi constituída pelas internações cujo procedimento principal foi a colecistectomia convencional e videolaparoscópica, registradas no período de janeiro de 2008 a dezembro de 2018.
RESULTADOS
Em relação ao colecistectomia convencional, o estudo mostra que o número de Autorizações de Internação Hospitalar (AIH) aprovadas nas regiões do Brasil, no período selecionado, foi de 1.427.400, tendo 130.190 registros em 2008, 120.035 em 2017 e 131.801 no ano de 2018. Além disso, o valor total de gastos nos procedimentos cirúrgicos foi de R$1.169.520.709,78; sendo o valor médio por AIH de R$819,34. Mais além, a média de permanência foi de 3,1 dias, o número de óbitos foi de 7.545, com taxa de mortalidade 0,53. Já os dados sobre a colecistectomia videolaparoscópica mostram que o número de AIH aprovadas foi de 573.054 no mesmo período, denotando um crescimento considerável entre 2008 e 2018, o primeiro ano com 19.277 e o segundo com 84.611 AIH, um aumento de mais de 400%; sendo responsável por um gasto de R$489.439.683,83 e um valor médio por autorização de R$854,13. Não somente a média de permanência hospitalar diminuiu, chegando a 2,7 dias, como também o número de óbitos e a taxa de mortalidade, 760 e 0,13 respectivamente.
CONCLUSÕES
Tendo em vista os aspectos observados, apesar do maior número de colecistectomias convencionais realizadas em comparação com a videolaparoscopia, houve um aumento significativo na realização das cirurgias videolaparoscópicas. A prova disso é que entre os anos de 2008-2018, houve um aumento superior a 400% das colecistectomia videolaparóscopica, com resultados positivos, mostrando queda nos dias de permanência hospitalar, no número de óbitos e principalmente na taxa de mortalidade.
Área
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
UNIME - Bahia - Brasil
Autores
Anderson Rinê Dias Aguiar, Julianna Matos Monteiro, Kemylla Machado Souza