Dados do Trabalho


TÍTULO

TUMOR ESTROMAL GIGANTE DO ESTOMAGO

INTRODUÇÃO

Relatar um caso de tumor estromal gigante do estômago (GIST - 5,6 Kg) e avançado em paciente idosa, 73 anos, com evolução de 1 ano, tratado com ressecção tumoral associada à Gastrectomia Parcial e Colectomia Parcial.

RELATO DE CASO

Paciente do sexo feminino de 73 anos que foi internada na Enfermaria de Gastro Hepatologia apresentando volumoso abdome e perda de peso de +/- 10 Kg.
Referia que havia procurado o ambulatório de Gastroenterologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos há 10 meses referindo aumento do volume abdominal, diminuição do apetite e perda de peso. Não referia náuseas e/ou vômitos; não referia dificuldade para defecar. Apresentava Ultrassonografia e Tomografia de Abdome que demonstravam imagem de volumosa tumoração sólido cística ocupando todo o abdome. Havia sido indicado a realização de uma Colonoscopia contudo houve dificuldade para a realização da mesma.
Realizamos uma Endoscopia Digestiva Alta que evidenciou imagem de compressão extrínseca na parede anterior da grande curvatura do estômago. Repetimos o CT de Abdome que demonstrou imagem de volumosa tumoração sólida cística em meso e hipogastro.
Submetida à Laparotomia Exploradora encontramos volumosa tumoração com áreas sólidas e císticas.
Procedemos a ressecção tumoral com uma Colectomia Parcial e anastomose colo cólica término-terminal.Identificamos ser o tumor proveniente da parede posterior da grande curvatura do estômago. Gastrectomia Parcial e Gastrorrafia.
Após a retirada do tumor realizamos o inventário da cavidade peritoneal e não encontramos sinais de extensão da doença em outras vísceras, peritônio, diafragma e adenomegalias. Trompas e ovários com aspecto normal.
O tumor pesou 5,6 Kg.
No 5º DPO alta da UTI para enfermaria. No 3º DPO dieta líquida restrita progredindo para pastosa no 7º DPO.
O dreno tubular foi retirado no 9º DPO e obteve alta hospitalar no 10º DPO.

DISCUSSÃO

Os tumores mesenquimais gastrointestinais são considerados raros e assintomáticos em quase 69% dos casos, sendo descobertos em exames de imagem, laparotomias e autópsias. O diagnóstico pela imagem é preferencialmente pela tomografia computadorizada do abdome. A Endoscopia Digestiva Alta, Ecoendoscopia e Colonoscopia acompanhadas com biópsia, quando positivas, podem fazer o diagnóstico. O estômago é a principal localização com 60% a 70% dos casos. a ressecção cirúrgica completa é o tratamento padrão para o GIST.

Área

ESTÔMAGO E DUODENO

Instituições

Hospital Universitário Professor Edgard Santos (EBSERH) - Bahia - Brasil

Autores

Heitor Carvalho Guimarães, Pablo Tarceu Nunes de Melo, Herbert Ives Barretto Almeida, Luiz Vianna de Oliveira, Luiz Sérgio do Amaral Júnior, Fabrício Kobs, Daniel Lins Cohim, Jorge Luiz Andrade Bastos