Dados do Trabalho
TÍTULO
PREVALENCIA DE DISFUNÇAO ERETIL EM AMBULATORIO DE UROLOGIA EM HOSPITAL PUBLICO DO DISTRITO FEDERAL
OBJETIVO
Avaliar a prevalência e grau de disfunção erétil (DE) em um ambulatório de Urologia geral de um hospital do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal. Como motivação para esse estudo, vale ressaltar que a DE é um relevante problema de saúde pública, por relacionar-se com comprometimento do bem-estar físico, mental e social, assim como ser possível marcador precoce de doença cardiovascular.
MÉTODO
Estudo transversal e observacional da prevalência e grau de DE. Foi aplicado o questionário International Index of Erectile Function (IIEF-5) a 402 indivíduos do sexo masculino com idade igual ou superior a 40 anos que se apresentaram para consulta em um ambulatório de Urologia geral de um hospital do Sistema Único de Saúde do Distrito Federal. Para melhor análise dessas variáveis, as classes leve a moderada e moderada foram agrupadas, de maneira que fosse possível avaliar a DE em leve, moderada ou grave. Foram excluídos aqueles que não atendessem a esses critérios, fossem portadores de câncer de próstata em atividade ou com tratamento prévio ou não estivessem de acordo com Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
RESULTADOS
Foram avaliados 402 pacientes, com média de 59,7 anos. Constatou-se prevalência de DE de 66% na população total. Referente à distribuição do número total de indivíduos com DE, 37,8% encontravam-se na faixa etária de 60 a 69 anos, 26,4% na de 50 a 59 anos, 18,5% na de 70 a 79 anos, 11,4% na de 40 a 49 anos, 5% na de 80 a 89 anos e 0,7% na superior a 90 anos. Na classificação por faixa etária, notou-se prevalência de DE de 45,7% nos pacientes com idade entre 40 e 49 anos, 63,8% dos 50 aos 59 anos, 71,6% dos 60 aos 69 anos, 81,2% dos 70 aos 79 anos e 100% acima de 80 anos. Quanto ao grau de DE em cada faixa etária, foi constatado que, entre 40 e 49 anos, 68,7% classificavam-se como leve, 12,5% como moderada e 18,7% como grave; entre 50 e 59 anos, 37,8% como leve, 54% como moderada e 8% como grave; entre 60 e 69 anos, 17% como leve, 53% como moderada e 30% como grave; entre 70 e 79 anos, 15,4% como leve, 50% como moderada e 34,6% como grave; e, acima de 80 anos, 100% classificaram-se como grave.
CONCLUSÕES
Constatou-se alta prevalência de DE na população total, com aumento progressivo proporcionalmente ao aumento da idade. Notou-se ainda aumento gradativo da gravidade da DE, também conforme aumento da idade, principalmente a partir dos 60 anos. Tendo em vista que a DE é considerada fator ou sinal de alerta para doenças crônicas ao longo do envelhecimento, notadamente, doença aterosclerótica, evidencia-se a importância da investigação da DE por parte dos profissionais de saúde, além da necessidade de maior ênfase na aplicação e desenvolvimento de políticas públicas direcionadas à saúde do homem.
Área
UROLOGIA
Instituições
Hospital Regional da Asa Norte (HRAN) - Distrito Federal - Brasil
Autores
Ítalo Nunes Vieira, Wellington Alves Epaminondas, Carmelia Matos Santiago Reis, Tiago Vilela Santos