TÍTULO

TRAUMA PEDIATRICO

OBJETIVO

O trauma na faixa pediátrica merece importância redobrada por serem essas vítimas mais suscetível a lesões graves superando as principais doenças inerentes da criança e adolescente. Mortes e sequelas nessa faixa de idade são decorrentes de trauma, assim como a alta morbidade das lesões. Devemos pensar em traumatismos multissistêmicos no trauma fechado devido suas características físicas e anatômicas peculiares ao seu tamanho e estruturas. A intensão deste levantamento foi de avaliar quais as causas mais comuns de trauma na faixa pediátrica e adolescente, sem avaliar a complexidade das lesões, e se é factível medidas de prevenção que possam diminuir a incidência de trauma.

MÉTODO

Levantamento histórico dos atendimentos na emergência cirúrgica do Hospital Estadual Vila Alpina – SECONCI-OSS, realizados no período de outubro a dezembro de 2018, de vítimas de trauma que deram entrada no pronto socorro com idade de zero a quatorze anos, avaliando-se a predominância quanto ao sexo, idade, mecanismos de trauma e tipo de lesão. No período foram atendidos 4182 pacientes pela equipe cirúrgica sendo selecionados 535 atendimentos na faixa do estudo (12,7%), sendo excluídos os atendimentos ortopédicos sem patologia cirúrgica.

RESULTADOS

Houve predominância de vítimas do sexo masculino (61%) em relação ao feminino (39%), com 37% na faixa etária dos 9 aos 14 anos, seguida de 26% na faixa dos 3 a 5 anos, 18% dos 6 a 8 anos, 14% de zero aos 2 anos e 5% nos menores de 1 ano de idade. A causa predominante foi devido a quedas (56%), sendo 27% da própria altura, 16% da escada e outros, como da cama, berço, muro, vaso sanitário, 13% devido queda da bicicleta, 11% de ferimentos corto contusos e 10% vítimas de atropelamento, sendo 60% por carro e 40% por moto ou bicicleta, em baixa velocidade.

CONCLUSÕES

Houve prevalência de trauma no sexo masculino na faixa dos 9 aos 14 anos, decorrente de queda da própria altura, correspondendo aos achados na literatura mundial, embora raramente resultem em morte, e de atropelamento. Grande parte dos traumas nos casos avaliados eram passíveis de prevenção com aplicação de estratégias simples em casa e na comunidade, evitando o sofrimento da vítima e familiar decorrente do trauma, assim como os gastos consequentes do atendimento e seguimento da criança traumatizada, podendo ficar muitas das vezes, com sequelas graves e irreparáveis.