TÍTULO

COMPLICAÇÕES NA REVERSÃO DE COLOSTOMIA: REVISÃO DE LITERATURA

OBJETIVO

Objetivo: A finalidade é apresentar uma revisão bibliográfica acerca das possíveis complicações advindas dos procedimentos de reversão de colostomia, levando em consideração a prevalência entre os sexos. O procedimento é realizado no ambiente de emergência quando a anastomose primária é inviável. Restaurar a continuidade intestinal envolve muitos fatores sujeitos a complicações devido a morbidades e operação prévia.

MÉTODO

Metodologia: trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa. Para tal foi efetuada uma revisão de literatura na base de dados: Online Scientific Eletronic Library (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PUBMED. Além disso, também foram analisados artigos na revista cientifica The LANCET e no JAMA - Journal of the American Medical Association. Nos quais foram encontrados oito artigos na língua inglesa e um na língua portuguesa. Todos analisados nos últimos 5 anos. Foram utilizados os descritores: “colostomy reversal”, “colostomia”, “complicações”, “colostomy morbidity”, “stoma reversal” e “stoma complications”.

RESULTADOS

Resultados: A partir disso, obteve-se 55 artigos, dentre eles, 46 foram excluídos por terem relatado resultados que não são o objetivo da pesquisa. Assim, nove estudos preencheram os critérios de inclusão e foram selecionados. De acordo com os dados disponíveis e após a análise de todos os trabalhos, verificou-se que 1790 pacientes foram submetidos a algum tipo de cirurgia. Dentes eles, 1333 receberam colostomia. A média de idade dos indivíduos que foram sujeitos a colostomia foi de 54,9 anos e o tempo de reversão foi de 214,4 dias. Além disso, complicações na restauração da continuidade do trânsito mostraram-se comuns, das quais é possível destacar: infecção da ferida cirúrgica, obstrução intestinal, falha de anastomose, vazamento e evisceração, hérnia incisional, síndrome diarreica, fístula enterro-cutânea e deiscência de ferida. Outro fator analisado em 3 artigos foi o ASA - physical status classification system, dos quais 78 pacientes apresentaram ASA I, 104 ASA II, 25 ASA III e nenhum ASA IV. Por fim, observou-se uma relação significativa entre a permanência hospitalar e o número de complicações.

CONCLUSÕES

Conclusão: verificou-se que as cirurgias para reconstrução do trânsito intestinal não são livres de complicações, portanto, faz-se necessária uma análise minuciosa da indicação de colostomia e de seus cuidados pré e pós-operatórios. Ademais, as complicações de colostomia não parecem estar, necessariamente, relacionadas à gravidade global do paciente uma vez que não houve maiores complicações em paciente ASA maiores. Nesse sentido, a presença de uma equipe multidisciplinar, o aconselhamento especializado e a boa relação entre o médico e o paciente são de extrema importância.