Dados do Trabalho


TÍTULO

HISTERECTOMIA OBSTETRICA DE EMERGENCIA: UMA ANALISE DE FATORES DE RISCO PRE, PERI E POS OPERATORIOS

OBJETIVO

Apresentar uma análise sistemática dos preditores interferentes associados a histerectomia de emergência no intraparto, relacionando fatores de risco pré, peri e pós operatórios.

MÉTODO

Realizou-se uma revisão sistemática do período de 2014 a 2018 na base de dados pubmed e Scielo com os descritores “emergency hysterectomy risk factors”, “peripartum hysterectomy” em diversas combinações. Foram critérios de inclusão, artigos na íntegra, independentes do idioma. E, como critérios de exclusão artigos como relatos de caso e que não abordavam os preditores de risco.

RESULTADOS

Foram encontrados 70 artigos na língua inglesa e, após a leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 4 artigos. A histerectomia obstétrica é definida como a retirada do útero de uma mulher após um evento obstétrico. A alta taxa de histerectomia periparto de emergência pode ser influenciada pela classe social da gestante, tendo maior ocorrência e mortalidade aquelas que se configuram como de baixa renda. Quanto a etiologia da histerectomia periparto de emergência, nota-se maior prevalência nos casos de atonia ou ruptura uterina. As características obstétricas que conferem maior risco para retirada do útero de emergência no peri operatório são os partos cesariano anterior e atual, tendo como principal relação diagnóstica a presença de hemorragia prévia ou durante o parto. Outrossim, gestantes com idade superior a 34 anos, gestação a termo, paridade superior a três filhos, ausência de pré-natal, anormalidades placentárias, com destaque para a placenta acreta, conferem risco aumentado para histerectomia periparto de emergência. O uso de plasma fresco congelado, na presença de fatores de alto risco, associa-se a necessidade de ligadura da artéria ilíaca interna bilateral. A presença de complicações de ferida operatória e anemia associa-se a maior morbidade pós-operatória. A histerectomia periparto de emergência possui alta mortalidade.

CONCLUSÕES

Entre os preditores associados a histerectomia de emergência no intraparto, encontram-se os fatores, socioeconômicos como a hipossuficiência financeira; anatômicos e funcionais como a placenta acreta, a atonia e a ruptura uterina; obstétricos como a paridade e gestação a termo; e a idade da paciente superior a 34 anos. No intra-operatório verifica-se a necessidade de maior atenção em gestantes com indicação anterior ou atual de cesariana e presença de sangramento. É importante evitar complicações da ferida operatória e anemia pós-parto. A identificação desses fatores com intuito de prevenir a histerectomia de emergência intra-parto é imprescindível para redução da morbidade e mortalidade da parturiente.

Área

GINECOLOGIA

Instituições

UNIVERSIDADE TIRADENTES - Sergipe - Brasil

Autores

Marília de Macedo Cavalcanti, Larissa Gusmão Guimarães, Laryssa Elydyanne de Oliveira Barros, João Victor Reis Campos, Larissa Gonçalves Moreira, Fernanda Bastos Santos, Adriano Bezerra da Silva Júnior, Sonia Oliveira Lima