TÍTULO

ABDOME AGUDO GINECOLOGICO NA EMERGENCIA: REVISAO DE LITERATURA

OBJETIVO

Realizar uma revisão de literatura acerca do abdome agudo ginecológico na emergência.

MÉTODO

Foi feito um levantamento bibliográfico sobre o abdome agudo ginecológico na emergência, realizado em fevereiro de 2019. Foram incluídos artigos publicados entre janeiro de 1985 e fevereiro de 2019, indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE e SCIELO, em português, espanhol e inglês, utilizando os descritores “Abdome agudo and Trauma and Ginecológico and emergência”. A amostra final foi constituída por 16 artigos.

RESULTADOS

O abdome agudo ginecológico é definido como dor abdominal repentina, oriunda de afecção ginecológica que leva a paciente a procurar o médico. Uma em cada 100 urgências diz respeito a abdome agudo, e destas, 20% são de origem ginecológica. É classificado em cirúrgico ou clínico. A abordagem cirurgica se reserva aos casos de risco de vida a paciente analisados através de dados clínicos e exames laboratoriais e de imagem. A gestação ectópica rota é o exemplo mais frequente, cuja abordagem laparoscópica é a intervenção de escolha, sempre que a paciente apresenta estabilidade hemodinâmica. O Abdome agudo pode, ainda, ser classificado em hemorrágico, infeccioso e isquêmico ou vascular. No primeiro, a gestação ectópica rota é a afeção mais frequente e no segundo, a doença inflamatória pelvica. No diagnóstico diferencial, deve-se excluir outras causas de abdome agudo de origem extraginecológica, como apendicite aguda, diverticulite, infecções urinárias, cólica renal, aneurismas, e colecistite. A avaliação inicial deve conter uma anamnese detalhada com ênfase para o trato geniturinário e gastrointestinal, com caracterização dos sintomas e sinais, e história ginecológica e obstétrica pregressa. O exame físico passa pela palpação abdominal e pelo exame ginecológico sistemático. A ecografia endovaginal é o exame complementar de eleição, pois permite a caracterização detalhada do útero e anexos, assim como a avaliação de coleções na cavidade peritoneal. Se necessário, deverão ser solicitados outros exames complementares. Na maioria das vezes, as emergências em ginecologia são de baixo risco para as pacientes. A demora na indicação cirúrgica pode causar alta morbidade, recuperação prolongada e sequelas definitivas. Na literatura, são escassos os estudos acerca das características epidemiológicas, perfil clínico, diagnóstico e orientação das doentes internadas com diagnóstico de abdome agudo ginecológico.

CONCLUSÕES

A abordagem da paciente com suspeita de abdome agudo ginecológico constitui um desafio diagnóstico para qualquer ginecologista ou emergencista. É fundamental estabelecer os diagnósticos diferenciais e distinguir entre situações cirúrgicas e clinicas. Todos os esforços devem ser dirigidos para o diagnóstico precoce, do qual dependerão, na maioria dos casos, a prevenção de sequelas e a eficaz recuperação da doente.