Dados do Trabalho


TÍTULO

FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇOES POS-APENDICECTOMIA: UMA REVISAO INTEGRADA

OBJETIVO

Apresentar uma revisão sistemática dos preditores de risco para complicações após apendicectomia, relacionando aspectos epidemiológicos e diagnósticos.

MÉTODO

Revisão bibliográfica do período de 2014 a 2018, nas bases de dados Lilacs, Scielo e Pubmed com os descritores “risk factors for appendectomy associated with age”, e “risk factors for appendectomy”. Foram critérios de inclusão, artigos na íntegra, independentemente do idioma, e de exclusão, artigos como relato de caso e os que não abordavam complicações pós-cirúrgicas da apendicectomia.

RESULTADOS

Foram encontrados 57 artigos e, após a leitura dos títulos e resumos, foram selecionados 5 estudos, na língua inglesa. A cirurgia de retirada do apêndice pode ocorrer por apendicectomia laparotômica ou laparoscópica. As apendicectomias por laparotomia apresentam um pior prognóstico do que por via laparoscópica. Além da via cirúrgica utilizada, outros fatores que foram relacionados às complicações são: sintomas pré-operatórios como febre, diarreia e descompressão abrupta positiva, o período transcorrido entre o aparecimento dos sintomas e diagnóstico, o tempo de internação, e a duração do procedimento cirúrgico. A necessidade da intervenção por apendicite aguda pode corroborar para redução do índice de mortalidade, visto que a remoção do apêndice inflamado refletiu em menor incidência de agravo quando comparada a retirada de um apêndice normal. A presença de comorbidades, menor idade ou idade avançada, e sexo feminino aumentam a possibilidade de complicações pós-operatórias. Ademais, é importante destacar que os erros no diagnóstico, internações tardias e uso de analgésicos predispõem a maior incidência de apendicite necrótica ou perfurada. Por esse motivo, a história clínica detalhada e a propedêutica são imprescindíveis para a indicação correta do tratamento. Desse modo, exames como o sinal radiográfico e a tomografia computadorizada podem identificar o acúmulo fecal no ceco, a presença de espessamento da parede do apêndice, dilatações no lúmen do órgão, fecalitos e inflamações. Outrossim, a Ultrassonografia apresenta altas taxas de sensibilidade e especificidade, entretanto, a qualificação do operador é fator determinante de sua eficácia. Entre as complicações mais recorrentes, destacam-se a infecção da ferida cirúrgica, abcessos intra-abdominais e o choque séptico. Destarte, apesar do diagnóstico precoce e do uso de antibióticos serem imperiosos no processo de condução do pré-operatório, a morbidade e mortalidade ainda se fazem presentes.

CONCLUSÕES

Conclui-se que a presença de sintomas tardios, o sexo feminino, extremos de idade, um maior período transcorrido até a intervenção cirúrgica, o acesso lapatotômico e o diagnóstico incorreto contribuem para um pior prognóstico no pós-operatório das apendicectomias. Um adequado exame clínico, o uso da tomografia computadorizada e da ultrassonografia, desde que corretamente manuseada, aumentam a especificidade diagnóstica e reduzem às complicações pós-operatórias.

Área

COLOPROCTOLOGIA

Instituições

UNIVERSIDADE TIRADENTES - Sergipe - Brasil

Autores

Maria Luiza Coelho de Souza, Larissa Gusmão Guimarães, Laryssa Elydyanne de Oliveira Barros, Manuelli Antunes da Silva, Durval José de Santana Neto, Mariana Alma Rocha de Andrade, Yasmim Anayr Costa Ferrari, Sonia Oliveira Lima