Dados do Trabalho
TÍTULO
MANEJO CIRURGICO DE ORQUIDOPEXIA- “GUIDELINES” X REALIDADE- UMA ANALISE DE 230 CASOS.
OBJETIVO
Avaliar qual idade a orquidopexia vem sendo realizada, o acompanhamento tardio destes pacientes, o lado mais frequente acometido, qual a abordagem cirúrgica utilizada e resultado pós-operatório alcançado.
MÉTODO
Estudo observacional e retrospectivo, através da análise de uma amostra composta por 230 prontuários, analisando dados de diagnóstico, pré-operatório, intra-operatório e seguimento pós-operatório.
RESULTADOS
Somente 3% dos pacientes foram operados segundo as recomendações de idade. 90,87% (n = 209) das cirurgias foram feitas por inguinotomia exploratória e 9,13% (n = 21) por videolaparoscopia. Dos 40 testículos não-palpáveis, 21 deles foram abordados por videolaparoscopia. 14,7% (n = 5) dos testículos intra-abdominais apresentaram-se atróficos. A média e a mediana dos volumes dos testículos não operados, tanto no pré-operatório (média = 0,73 + 0,47, mediana = 0,605 + 0,37) quanto no pós-operatório (média = 1,67 ± 2,63, mediana = 0,795 ± 0,32) foram maiores do que no grupo do testículo operado, obtendo significância estatística, pois P < 0,05. Dos pacientes operados 77% (n = 177) dos pacientes foram à consulta de pós-operatório após a primeira semana, 61,3% (n = 141) foram à consulta após 1 mês, 30% (n = 69) foram à consulta após 1 ano, 21,3% (n = 49) foram à consulta após 2 anos, 9,13% (n = 21) foram à consulta após 3 anos e 10,43% (n = 24) foram à consulta após 4 anos.
CONCLUSÕES
As crianças são encaminhadas tardiamente para o tratamento com orquidopexia. Ambos os lados são igualmente acometidos por testículos não-descidos. A maioria das abordagens foi feita por inguinotomia exploratória. Em se tratando de testículos não-palpáveis, a videolaparoscopia foi o método cirúrgico mais usado. Foi encontrada uma baixa prevalência de atrofia em testículos intra-abdominais. Houve diferença estatística entre os volumes dos testículos operados e não-operados tanto no momento pré-operatório quanto no pós-operatório. Cerca de 10% dos pacientes comparecem às consultas de acompanhamento pós-operatório de orquidopexia com o passar do tempo.
Área
CIRURGIA PEDIÁTRICA
Instituições
Fundação Universidade Regional de Blumenau - Santa Catarina - Brasil
Autores
Karine Furtado Meyer, Débora Regina Andrade Dalla Costa, Beatriz Ferreira Nunes, Camila Naumann Pereira