Dados do Trabalho
TÍTULO
ABORDAGEM CIRURGICA DA COLECISTITE ALITIASICA
OBJETIVO
Evidenciar a importância e benefícios dos diferentes tipos de intervenção cirúrgica nos casos de colecistite acalculosa.
MÉTODO
A metodologia utilizada constou de uma revisão integrativa de literatura utilizando-se dos descritores: colecistite acalculosa, tratamento e procedimentos cirúrgicos - cadastrados no DeCS, com auxílio dos operadores booleanos AND e/ou OR, com busca na língua inglesa e utilizando as bases de dados: PubMed, LILACs e SciELO, em que foram selecionados 21 artigos pelo título e utilizados 10 após leitura do resumo.
RESULTADOS
A colecistite acalculosa consiste na inflamação da vesícula biliar e é uma das doenças mais frequentes nas emergências. Ocorre em 2-15% de todos os casos de colecistite aguda, tem um progresso rápido e frequentemente evolui para gangrena, empiema ou perfuração. Devido à gravidade desta condição, a morbidade gira em torno de 40% e a mortalidade é elevada.O diagnóstico precoce da condição é fundamental para evitar essas complicações que com a evolução dos métodos de diagnóstico por imagem proporcionou melhor acurácia nesse sentido. O tratamento pode se dar por diferentes métodos, sendo alguns mais invasivos que outros, podendo ser via convencional (aberta), videolaparoscópica ou somente a drenagem via percutânea ou endoscópica. O tratamento definitivo é realizado através da colecistectomia, visto que através desse método é possível confirmar a presença das complicações, além de outras condições em que o diagnóstico não esteja firmado. A via videolaparoscópica apresenta como vantagem o menor dano tissular, aspecto importante, visto que a vesícula encontra-se em processo inflamatório. Porém, na existência de complicações a conversão para cirurgia aberta é recomendada. A drenagem vesicular percutânea costuma ser indicada para aqueles pacientes que apresentam alto risco cirúrgico e tem taxa de sucesso de 56 a 100%. Já a drenagem vesicular endoscópica pode ser realizada em pacientes nos quais a drenagem percutânea é contraindicada ou não é anatomicamente viável. A colecistite acalculosa é uma condição incomum, e a seleção da terapêutica dependerá do estado de saúde do paciente, do estágio da doença e da disponibilidade de equipamento técnico, assim como da experiência do serviço.
CONCLUSÕES
Apesar da importância de escolher a melhor técnica para tratamento da colecistite acalculosa, não existem ensaios clínicos randomizados comparando as modalidades percutânea e cirúrgica, portanto conclusões fortes não podem ser feitas em favor de uma ou outra técnica. Contudo, a via cirúrgica demonstrou ter menor morbimortalidade que a via percutânea. Além disso, o tratamento com antibióticos se mostrou indispensável e deve ser iniciada o mais breve possível, independentemente do tratamento definitivo de escolha.
Área
VIAS BILIARES E PÂNCREAS
Instituições
Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil
Autores
Caio Victor Oliveira Ferreira, Anna Luyza Correira dos Santos Alves, Bruna Silva Leão Praxedes, João Vitor de Omena Jucá, Lucas Roberto da Silva Barbosa, Leonardo Wanderley Soutinho