Dados do Trabalho
TÍTULO
NEOPLASIA MUCINOSA DE BAIXO GRAU DE APENDICE CECAL: RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO
Tumores de apêndice são raros, correspondendo apenas a 0,5% dos tumores intestinais. Devido a mesma origem embriologia com o intestino grosso, o tumor de apêndice e de cólon compartilham das mesmas condições favoráveis para seu aparecimento. Frequentemente as neoplasias epiteliais de apêndice são produtoras de muco e o seu acúmulo leva a dilatação da luz do apêndice, sendo tal quadro descrito como mucocele. As neoplasias mucinosas de baixo grau são tumores mucionosos que apresentam risco de disseminação peritoneal (pseudomixoma). O seu prognóstico está diretamente relacionado com a existência ou não de ruptura e a presença de celular epiteliais fora do apêndice.
RELATO DE CASO
RBN, feminino, 59 anos com história de massa palpável há meses em FID, sem outros sintomas associados. Sem comorbidades. História prévia de histerectomia e abdominoplastia. Ao exame físico confirmada massa palpável em FID sem outros achados. Realizada colonoscopia, que se apresentou sem alterações, e tomografia de abdome com contraste, com laudo de mucocele de apêndice. Indicada apendicectomia com a paciente ciente da possibilidade de uma colectomia. Realizada apendicectomia por videolaparoscopia com inventário da cavidade sem presença de ascite ou sinais de carcionomatose, tumoração em apêndice vermiforme compreendendo seus dois terços distais, base fina. Realizada linfadenectomia retroperitoneal e pélvica. Convertida para laparotomia mediana com incisão de Pfannenstiel e retirada da peça que foi enviada para congelação com margens negativas para neoplasia. A paciente evoluiu satisfatoriamente no pós-operatório, sem complicações cirúrgicas. Laudo anatomopatológico de neoplasia mucinosa de baixo grau de apêndice cecal, com margens livre. Solicitado imuno-histoquímica, exames laboratoriais e de imagem.
DISCUSSÃO
O prognóstico dos tumores de apêndice estão intimamente relacionados ao seu diagnóstico precoce, assim como a correta condução cirúrgica diante de tal achado. No caso relatado, como durante o ato cirúrgico, com auxílio da biópsia de congelação, não foram identificados sinais de invasão optou-se pela apendicectomia, sem a realização da colectomia. Devido a baixa prevalência dos tumores de apêndice, a maior parte dos cirurgiões não irão apresentar um vasta experiência com tais tumores, motivo pelo qual tais relatos de caso tornam-se de extrema importância.
Área
COLOPROCTOLOGIA
Instituições
ESCS - Distrito Federal - Brasil
Autores
VALÉRIA NOGUEIRA NAVES, NIMER MEDREI, EDDI SOFIA SERÍCIA MEJIAS MEDREI, DANIELLA SILVA MENA