Dados do Trabalho


TÍTULO

HEPATICOJEJUNOANASTOMOSE VLP

INTRODUÇÃO

Colédocolitiase de repetição em paciente com divertículo periampular
Paciente feminina, 68 anos procurou a emergência por apresentar dor abdominal difusa de forte intensidade do tipo cólica, sem irradiação associado as dores, apresentava náusea e vômitos, colúria e acolita. Exame Físico demostrou bom estado geral Exame abdômen sem peritonismo, ausência de massa ou visceromegalias e com cicatrizes previas de cirurgia. Com antecedentes de coledocolitiase a repetição, realiza CPRE 2014 o qual evidenciou papila intradiverticular, realizado papilotomia endoscópica com extração de cálculos. Paciente evolui bem os anos seguintes, porem em janeiro de 2017 procurou novamente a emergência com os mesmos sintomas prévios. CPRE no momento, evidencio papila intradiverticular, optado por realizar bilodigestiva em heapticojejunoanastomose.








































DESCRIÇÃO DO VÍDEO

Abordagem cirúrgico por Video Laparoscopia.

Foi realizada derivação biliodigestiva em hepaticojejunoanastomose com reconstrução em Y de Roux videolaparoscópica, com realização de colangiografia transoperatória e exploração da via biliar com auxilio do coledocoscópio. Procedimento realizado com sucesso e sem intercorrência.

CONCLUSÃO

A opção terapêutica inicial para os doentes com coledocolitíase, mesmo associada ao divertículo, é a clássica e de primeira linha, a endoscopia, mesmo sabendo que o sucesso do procedimento é reduzido devido a dificuldade técnica de cateterização da papila e ao maior risco de sangramento, inclusive sendo a principal complicação associado ao procedimento. Quando há o diagnostico de um Diverticulo Peria Ampulares assintomático, geralmente não requer tratamento específico e o seguimento clínico esta indicado. O procedimento cirúrgico está indicado na presença de complicações, tais como perfuração, hemorragia ou em casos em que a CPRE não foi efetiva.
A conduta clássica no tratamento específico do divertículo é sua ressecção ou inversão, porem, conforme a localização do divertículo, acrescenta-se dificuldade técnica ou não. Alguns autores a realização de uma derivação bileodigestiva, podendo ou não derivar o trânsito alimentar e biliar, com baixíssimas taxas de complicação como pancreatite e colangite, entretanto eleva o risco de lesões pépticas na anastomose e refluxo enterogástrico. A papiloplastia pode ser uma opção terapêutica, indicado naqueles pacientes com obstrução do ducto biliar e pancreático, porem deve ser uma conduta de exceção. Como o caso relatado, a paciente apresentou apenas coledocolitiase de repetição, sem outras complicações, e com sucesso em todas as CPRE quando realizadas, optou-se por uma derivação biliodigestiva com exploração da via biliar intra operatória, na tentativa de prevenção de futuras formações de calculo primário de colédoco e por apresentar índices menores de morbimortalidade quando comparado as outras modalidades cirúrgicas.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

Santa Casa de Misericorida Porto Alegre - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Eduardo José Bravo López, Mayara Christ Machry, Estevan Taube Borré, Luis Paulo Andrioni, Roberta Dreyer Fernandes, João Paulo Carlotto Bassotto, Alberto Luiz De Carli, Bruno Tischer Jung