Dados do Trabalho
TÍTULO
INDICAÇAO DE RASTREIO DO HEPATOCARCINOMA
OBJETIVO
Apresentar a revisão bibliográfica do rastreamento do carcinoma hepatocelular, de forma a sugerir uma padronização no seguimento de pacientes cirróticos e não cirróticos.
MÉTODO
O presente estudo foi realizado baseado em revisão das condutas das principais sociedades mundiais que buscam padronizar o rastreio do hepatocarcinoma. Foram selecionados artigos que embasam as mudanças propostas pelas sociedades e analisados os principais tópicos.
RESULTADOS
O rastreio do CHC tem o objetivo de aumentar a sobrevida, dessa forma todos os pacientes que não são candidatos a medidas terapêuticas não devem ser rastreados. Se as comorbidades ou idade são clinicamente impactantes o rastreio pode ser descartado. O rastreio realizado a cada seis meses leva à redução de mortalidade de cerca de 37%.
São indicações formais de rastreio, Child-Pugh A ou B, Child-Pugh C em lista de transplante hepático, Hepatite B em atividade sem cirrose, Hepatite C com estágio avançado de fibrose (F3 na classificação de METAVIR) sem cirrose. O método de escolha para o rastreio do CHC é a ultrassonografia abdominal, não sendo justificável o uso de outros métodos de imagem (13). É importante destacar que a associação com a dosagem do marcador bioquímico alfafetoproteína (AFP) não modifica a taxa de detecção do ponto de vista custo-benefício.
CONCLUSÕES
Com o diagnóstico confirmado o tratamento de escolha no CHC é a ressecção cirúrgica na ausência de cirrose no na cirrose compensada. Se cirrose descompensada o transplante hepático é uma opção terapêutica. As terapias ablativas têm potencial curativo, sendo melhor a ablação térmica se comparada à injeção de etanol. Quando não abordado o tumor tende a crescer, substituindo massa hepática funcional, o que leva a falência hepática, e gerando metástases intra e extra-hepáticas, que contraindicam ressecção e transplante. A mortalidade é geralmente por caquexia, hemorragia (de varizes esofágicas ou gástricas), insuficiência hepática ou ruptura do tumor com hemoperitônio. Em pacientes com doença extra-hepática ou com disfunção hepática a sobrevida é em média de 10 meses.A importância no rastreio aplicado de maneira padronizada é justificada quando analisado o dado de que a redução de mortalidade chega a 37%. Até que ocorra mudança no protocolo a ultrassonografia isolada segue sendo método adequado para o acompanhamento dos pacientes em grupo de risco de evolução com hepatocarcinoma.
Área
FÍGADO
Instituições
HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVANGELICO MACKENZIE DE CURITIBA - Paraná - Brasil
Autores
RAFAEL RODRIGUES SPINOLA BARBOSA, GUILHERME FERRARINI FURLAN, CARLOS EDUARDO MATEUS, RAFAEL AUGUSTO IORIS, EDILAINE APARECIDA ORCHEL, CARLOS ROBERTO NAUFEL JUNIOR, MARIA LYGIA MINNEY TEIXEIRA, GUILHERME DIAS FRANZEN