Dados do Trabalho


TÍTULO

A CIRURGIA METABOLICA COMO TRATAMENTO PARA DIABETES TIPO II: UMA REVISAO DE LITERATURA

OBJETIVO

Esse trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca da cirurgia metabólica. Esse procedimento cirúrgico gera uma modificação anatômica do trato gastrointestinal, resultando em melhor controle metabólico de comorbidades agravadas pelo excesso de peso como o tratamento para o diabetes tipo II, uma disfunção endócrino-metabólica de resistência insulínica, com base no Escore de Risco Metabólico.

MÉTODO

Foi realizado levantamento bibliográfico do período de 2014 a 2019 com dados coletados por meio de pesquisa em livros, teses e artigos publicados nas bases de dados Scielo, Pubmed, Medline e Google Books. Foram utilizadas as palavras-chave: “cirurgia metabólica” e “diabetes tipo II”. Foram selecionados 11 artigos para serem analisados conforme resultados, no pós-operatório de cirurgia metabólica, do controle glicêmico em pacientes com diabetes tipo II.

RESULTADOS

Estudos mostram que cirurgias bariátricas convencionais para o tratamento da obesidade mórbida, além de promoverem uma significativa e sustentada perda de peso, têm um impacto benéfico na remissão da diabetes mellitus tipo II, doença que gera grandes complicações micro e macrovasculares. Logo, essa cirurgia adquire também um papel metabólico. Desse modo, Schauer concluiu, em 2017, ao final de 5 anos de acompanhamento do STAMPEDE Trial, que o tratamento cirúrgico associado ou não ao uso de medicações foi superior ao uso apenas de medicação no alcance e na manutenção de valores de hemoglobina glicosilada inferiores HbA1C a 6%. Corroborando essa afirmação, em 2015, Mingrone, após 5 anos de follow-up de um ensaio clínico randomizado, concluiu que a cirurgia é mais efetiva do que o tratamento clínico para o controle a longo prazo do diabetes tipo II. Campos, em 2016, concluiu que as intervenções gastrointestinais em diabéticos com Índice de Massa Corporal - IMC≤35 kg/m2 possuem segurança e eficácia semelhantes aos grupos com IMCs maiores, resultando na melhora do diabetes de forma superior aos tratamentos clínicos e mudanças de estilo de vida. Ademais, não há correlação entre o IMC inicial e a perda ponderal em longo prazo com os índices de sucesso do tratamento cirúrgico. Corroborando essa afirmação, em 2017, Silva em um estudo com 20 pacientes comparando tratamento cirúrgico e clínico, constatou que o grupo cirúrgico obteve melhor controle ponderal e glicêmico na pós-intervenção do que o grupo clínico ao observar os seguintes parâmetros: glicemia em jejum, HbA1C e IMC.

CONCLUSÕES

Embora ainda sejam necessários mais estudos acerca do potencial das intervenções gastrointestinais em diabéticos para definir o melhor momento da intervenção cirúrgica, a literatura deixa claro, até o momento, que o tratamento cirúrgico tem se demonstrado
superior no controle da diabetes mellitus tipo 2, o qual possibilita que quase a totalidade dos pacientes portadores de DM2 interrompa o tratamento medicamentoso.

Área

CIRURGIA DA OBESIDADE - METABÓLICA

Instituições

ULBRA- Universidade Luterana do Brasil - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Antônio Carlos Weston, Arthur Bueno Luzardo, Laura De Ross Rossi, Mariana Alcântara Scalcon, Mônica de Campos Rodrigues, Mariane Menegat Madruga, Cristian Amaral Pereira, Guilherme Ribeiro