TÍTULO

AVALIAÇÃO DOS SINTOMAS DISPÉPTICOS E INTESTINAIS EM PACIENTES SUBMETIDOS A COLECISTECTOMIA

OBJETIVO

Avaliar a prevalência de alterações do hábito intestinal e de sintomas dispépticos em pacientes submetidos à colecistectomia.

MÉTODO

Estudo observacional, longitudinal e prospectivo, realizado através da aplicação de questionário a pacientes internados no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe com colecistectomia programada entre novembro de 2017 e abril de 2018. A aplicação do questionário ocorreu no pré-operatório, após trinta e noventa dias da cirurgia. A análise estatística foi realizada através da categorização dos dados a partir de medidas de tendência central e variância. As diferenças entre grupos foram analisadas através do teste de qui-quadrado. O valor de p considerado estatisticamente significante foi < 0,05.

RESULTADOS

Participaram do estudo 56 indivíduos, sendo 48 mulheres (86%) e 8 homens (14%). A idade dos entrevistados variou de 17 a 81 anos, com média de 47,17. A frequência das evacuações não foi significativamente alterada no período estudado. Quanto ao aspecto, 25% dos pacientes relataram dejeções pastosas no pré-operatório, 33,9% e 42,9%, após trinta e noventa dias respectivamente. Houve redução significante no uso de laxantes (p = 0,006) e constipantes (p = 0,03). A presença de sintomas dispépticos se manteve elevada, sendo 91,1% no pré-operatório e 58,9% após noventa dias da cirurgia. No entanto, passados 3 meses dos procedimentos cirúrgicos, apenas 2 pacientes (3,6%) necessitaram de atendimento em pronto-socorro por conta de queixas dispépticas.

CONCLUSÕES

Pacientes submetidos à colecistectomia apresentam, em um seguimento de noventa dias, uma tendência a alterar o aspecto das fezes, sem alterar o ritmo. Estes também tendem a manter queixas dispépticas, porém com menor frequência e gravidade.