Dados do Trabalho


TÍTULO

PERFIL EPIDEMIOLOGICO DE TRANSPLANTE HEPATICO NO BRASIL: UMA ANALISE DE DADOS

OBJETIVO

Analisar dados sobre transplante hepático nos últimos anos no Brasil.

MÉTODO

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com abordagem quantitativa, utilizando dados registrados no Registro Brasileiro de Transplantes referentes a transplante de fígado no Brasil com dados numéricos de janeiro a setembro de 2018.

RESULTADOS

Dentre os números de transplantes de órgãos sólidos entre janeiro e setembro de 2018, transplante de fígado constou como um dos maiores, perdendo apenas para transplante de rim que apresentou como 4342 transplantes. Foram realizados 1610 transplantes de fígado, sendo 125 pacientes vivos e 1485 pacientes falecidos. Número de doadores falecidos foi crescente ao longo dos anos, inicialmente com 1055 doadores em 2008, atingindo seu máximo em 2017 com 1935. Dos 14 estados atuantes e dos São Paulo é o estado com maior número de doadores. Até setembro de 2018, 1278 pacientes adultos e 66 pacientes pediátricos estavam ativos na lista de espera. De janeiro a setembro de 2018, 2207 pacientes ingressaram na lista de espera por transplante de fígado, destes, 631 vieram a óbitos. Já na população pediátrica, 203 ingressaram a lista e 24 óbitos. Hoje o Brasil conta com 69 centros especializados em transplante hepático e os problemas hoje enfrentados por essas equipes dizem a respeito da captação dos órgãos e seu deslocamento, bem como a seleção dos pacientes. A alta quantidade de óbitos de pacientes na lista de espera deve-se pela alta demanda de pacientes que necessitam do órgão e ainda que exista uma lista única para evitar alocação incorreta seja qual for a sua natureza e o que acontece é que muitas vezes esse processo não obedece as necessidades e prioridades.

CONCLUSÕES

Um dos maiores desafios para transplante hepático é a quantidade de doadores disponíveis e um aumento do número de pacientes na lista de espera. O transplante de fígado tem sido alternativa para aumento da sobrevida de muitos pacientes com problemas hepáticos, contudo a população ainda desconhece ou não tem dimensão da importância da doação de órgãos, seja por motivos religiosos ou culturais o que faz exista certa resistência quanto a doação de órgãos. Outro motivo é a dificuldade dos profissionais de saúde abordar com as famílias quanto à captação desses órgãos. Assim torna-se necessário maior treinamento da equipes de saúde tanto para captação quanto para a abordagem com as famílias de possíveis doares, bem como um programa de conscientização e informação da população quanto a taxa de necessidade de doação de órgãos e da realidade de milhares de pessoas na lista de espera por transplante.

Área

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Instituições

Faculdade de Medicina Nova Esperança- Famene - Paraíba - Brasil

Autores

RAFAELLA FIQUENE DE BRITO FILGUEIRA, MARIA EDUARDA DE ARRUDA CARVALHO, BIVAR OLYNTHO NOBREGA DE MELLO E SILVA, THASSIA RACHEL DE BRITO FIGUEIREDO ALMEIDA, AYLLA ALVES MENDES, LUANA RIBEIRO PEREIRA, CRISTINE FIQUENE DE BRITO FILGUEIRA