TÍTULO

PROCEDIMENTOS CIRURGICOS METABOLICOS COMO OPÇAO TERAPEUTICA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2: UMA REVISAO SISTEMATICA.

OBJETIVO

Análise e revisão de estudos que possuam ênfase na relação entre procedimentos cirúrgicos bariátricos/metabólicos e a remissão do diabetes mellitus tipo 2.

MÉTODO

Trata-se de uma revisão qualitativa, descritiva de bibliografias e das bases de dados Pubmed, ScieLo e Bireme, com os descritores: Diabetes Mellitus tipo 2, Cirurgia Metabólica, Cirurgia Bariátrica.

RESULTADOS

A perda de peso contribui de maneira significativa para o sucesso do tratamento em diabéticos, dessa forma as intervenções bariátricas apresentam um componente metabólico e neuro-endócrino importante que favorecem a resolução da diabetes tipo 2, mesmo em doentes com obesidade ligeira ou apenas excesso de peso. As intervenções gastrointestinais em diabéticos com IMC≤35 kg/m2 possui segurança e eficácia semelhantes aos grupos com IMCs maiores, levando a melhora do diabete de forma superior aos tratamentos clínicos e mudanças de estilo de vida. Essas cirurgias de combate a obesidade alteram o perfil hormonal do paciente, estimulando a produção de incretinas e anoréticos que vão suprimir os hormônios orexigênicas como a grelina. Os artigos e estudos demonstram que a sensibilidade insulínica em pacientes obesos melhora juntamente com a perda de peso e imediatamente após a operação. A taxa de remissão do DMT2 varia de acordo com o procedimento cirúrgico, sendo os melhores resultados observados nas operações com associação entre redução gástrica e derivação intestinal, quando comparadas com as técnicas puramente restritivas. O bypass gastrojejunal com reconstrução em Y de Roux (BGYR) é a técnica indicada pelo conselho federal de medicina (CFM) para os pacientes selecionados no Escore de risco metabólico estabelecido pela diretriz intersocietária elaborada em conjunto pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC) e Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD). Nesta operação o alimento deixa de circular por parte do estômago, do duodeno e do jejuno proximal, com redução no comprimento do trajeto de alça comum ao alimento e ao suco biliopancreático para cerca de 450 cm5. Somente em casos de contraindicação ou desvantagem da BGYR, a gastrectomia vertical (GV) será a opção disponível.

CONCLUSÕES

Com o avanço dos procedimentos bariátricos possuímos também agora a opção do tratamento cirúrgico para a DM em pacientes de IMC entre 30kg/m² e 35kg/m², que através de estudos e observações nas diversas modalidades e técnicas cirúrgicas apresentaram significativo controle precoce da glicemia, resultando na remissão da DM2. Apesar disso, os procedimentos e operações para tratamento do DM2 ainda necessitam serem melhor avaliados em novos estudos comparando o tratamento cirúrgico ao clínico.