TÍTULO

COLEDOCOLITIASE EM PACIENTE COLECISTECTOMIZADO E COM BYPASS GASTRICO: UM RELATO DE CASO

INTRODUÇÃO

A coledocolitíase é uma patologia que consiste na presença de cálculos dentro da via biliar. Estes cálculos podem ser migrados, principalmente, da vesícula ou formados na própria árvore biliar. O quadro clínico apresenta icterícia, cólica biliar e febre. Nos exames laboratoriais encontram-se níveis elevados de bilirrubina total e direta. No tratamento, o paciente pode ser submetido à colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), à laparotomia exploradora ou à coledocotomia aberta, dependendo do caso, podendo ocorrer a colecistectomia. O relato a seguir apresenta um caso da patologia em questão em paciente com colecistectomia e bypass gástrico prévios, em que o diagnóstico assertivo se mostrou importante para o prognóstico favorável.

RELATO DE CASO

M.L.S.C, 67 anos, ex-tabagista, hipertensa, realizou há 13 anos cirurgia bariátrica (Bypass gástrico laparotômico com anel de contenção). Afirma dor epigástrica há 2 meses, de pequena intensidade e sem irradiação. Ao recorrer ao hospital foram realizados ultrassonografia de abdome total e colangiorressonância, foi então diagnosticada com coledocolitíase, associada à discreta ectasia. Ao retornar para casa a fim de aguardar novos exames o quadro evoluiu para dores de média intensidade e irradiação para o dorso, associado a náuseas frequentes, sudorese e parada de eliminação de flatus e fezes. Ao exame laboratorial apresentou leucocitose. Nega febre. Paciente foi submetida a Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE) via gastrostomia laparoscópica. Não houve complicações intra ou pós-operatória, recebeu alta após dois dias.

DISCUSSÃO

Com base no apresentado, nota-se a extrema importância de um diagnóstico rápido e efetivo. Isso tem como objetivo trazer não só um diagnóstico assertivo, mas uma qualidade de vida melhor ao paciente acometido. Além disso, optar por procedimentos endoscópicos e laparoscópicos são fundamentais para que o paciente possua menos tempo de permanência hospitalar e uma rápida recuperação quando comparada com a coledocotomia aberta. Dessa forma, é necessário profissionais qualificados e disponibilidade de equipamentos para exames complementares.

Área

URGÊNCIAS NÃO TRAUMÁTICAS