Dados do Trabalho


TÍTULO

DESAFIOS DA COLECISTECTOMIA MEDIANTE AS VARIAÇOES ANATOMICAS DA VIA BILIAR: REVISAO SITEMATICA

OBJETIVO

O trabalho em questão visa analisar a importância do conhecimento das variações anatômicas da via biliar, por parte dos cirurgiões, como forma de estabelecer riscos e evitar iatrogenia mediante uma colecistectomia.

MÉTODO

Foi realizado um estudo bibliográfico obtido por documentação indireta, através da análise comparativa de dados e artigos científicos pesquisados nas bases de dados Scielo, pubMed, BVS, utilizando os seguintes descritores: colecistectomia, iatrogenia e colangiopancreatografia.

RESULTADOS

Anatomicamente, a via biliar é mais comumente observada quando os ductos hepáticos direito e esquerdo possuem uma confluência alta, o ducto hepático comum possui 2 a 3 cm de comprimento e quando o ducto cístico se insere no hepático comum em ângulo agudo e pela direita. A compreensão anatômica e topográfica dessas estruturas serve para uma intervenção cirúrgica de sucesso, pois são contínuos os relatos de variações anatômicas, e diante de alguns procedimentos, como a colecistectomia, por exemplo, podem haver lesões nos ductos biliares, como já relatado em outros estudos. Vale ressaltar que a doença calculosa biliar é uma das afecções mais comuns no ser humano, com uma incidência de 10 a 20% de toda a população adulta no planeta, tornando a colecistectomia uma das operações mais frequentes em todo o mundo. Dentre as complicações mais temidas do procedimento, tem-se a iatrogenia, que teve um aumento de 0,1 a 0,2% para 0,4 a 0,6% entre a era da colecistectomia aberta e a era da colecistectomia videolaparoscópica, apesar das inúmeras vantagens da última. O prognóstico está diretamente relacionado às condições subjacentes do paciente, assim como ao tempo decorrido entre a lesão e sua identificação e tratamento, que se constitui basicamente da reconstrução do trajeto biliar, com ou sem anastomoses bilio-digestivas. A hepático-jejunostomia em Y de Roux é considerada hoje a opção terapêutica de escolha. Como forma de reduzir as iatrogenias, vale um estudo mais detalhado das vias biliares, a fim de identificar as variações anatômicas, que podem ser vistas por meio da colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) e da colangiopancreatografia por Ressonância Magnética (CPRM), que é a modalidade de eleição para avaliação diagnóstica da árvore biliar, pois permite um mapeamento anatômico preciso, não-invasivo e sem radiação ionizante. A sua grande vantagem em relação a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) é a ausência de complicações relativamente comuns e potencialmente graves como pancreatite, hemorragia, perfuração intestinal ou sepse.

CONCLUSÕES

Sendo assim, observamos a importância do conhecimento anatômico da árvore biliar mediante uma abordagem cirúrgica, visto que são inúmeros os prejuízos a que o paciente é exposto quando se desconhecem as variações anatômicas, podendo resultar em equívocos e consequentemente agravos a saúde deste.

Área

VIAS BILIARES E PÂNCREAS

Instituições

FACULDADE DE MEDICINA NOVA ESPERANÇA - FAMENE - Paraíba - Brasil

Autores

BIVAR OLYNTHO NOBREGA DE MELLO E SILVA, RAFAELLA FIQUENE DE BRITO FILGUEIRA, MARIA EDUARDA DE ARRUDA CARVALHO, THASSIA RACHEL DE BRITO FIGUEIREDO ALMEIDA, LUANA RIBEIRO PEREIRA, AYLLA ALVES MENDES, CRISTINE FIQUENE DE BRITO FILGUEIRA