Dados do Trabalho


TÍTULO

ANALISE COMPARATIVA DAS TECNICAS DE REIMPLANTE URETERAL DO SERVIÇO DE TRANSPLANTE RENAL DO MPHU

OBJETIVO

Este trabalho tem por objetivo avaliar estatisticamente as técnicas de reimplante ureteral no serviço de transplante renal do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) em Uberaba- Minas Gerais no período de setembro de 2015 a dezembro de 2018. Visa analisar a incidência de complicações e verificar a taxa de reabordagem cirúrgica nesses pacientes, assim busca aprimorar o processo do transplante renal aumentando a expectativa e qualidade de vida dos pacientes.

MÉTODO

Foi realizado um estudo retrospectivo dos prontuários de 45 paciente transplantados no MPHU (coorte histórico) no período de setembro de 2015 a dezembro de 2018. Os pacientes foram divididos em dois grupos, sendo o grupo 1 pacientes que receberam rim de doador cadáver e grupo 2 pacientes que receberam rim de doador vivo. Foi avaliado a técnica de reimplante ureteral utilizada e analisado a incidência da inserção de Duplo J, complicações e reabordagem cirúrgica.

RESULTADOS

Neste estudo, dos 45 pacientes transplantados, 39 foram submetidos a reconstrução pela técnica de Litch-Gregoir (86,6%), 3 pela técnica de Politano-Leadbetter (6,6%) e outros 3 pela técnica de ureteropieloanastomose (6,6%). 27 pacientes pertenciam ao grupo 1 (doador cadáver) e 18 ao grupo 2, (doador vivo) . No grupo 1, 24 (88,88%) pacientes foram submetidos a técnica à Lich-Gregoir, sem o uso de Duplo J, destes, 3 (11,69%) pacientes apresentaram necrose de ureter necessitando de uma reabordagem cirúrgica (ureteropieloplastia com colocação de duplo J). Ainda neste grupo, em 1 (3,7%) paciente foi utilizada a técnica de ureteropieloplastia com inserção de Duplo J e em 2 (7,4%), a técnica de Politano.
No grupo 2, 15 (83,33%) pacientes foram submetidos à técnica Lich-Gregoir, e em apenas 1 (6,66%) inseriu-se Duplo J. Além destes, 2 (11,11%) pacientes foram submetidos a técnica de ureteropieloanastomose e 1 (5,55%) à técnica de Politano, com inserção de Duplo J, neste grupo não foram observadas complicações.
No serviço de transplante renal do MPHU houve preferência pela adoção da técnica de Lich-Gregoir para reimplante de ureter. Em 10,25% de todos os pacientes submetidos a técnica de Lich-Gregoir foi feito o uso do cateter duplo J, e não foi observado aumento de complicações. A principal causa de reabordagem cirúrgica apresentada foi a necrose de ureter que ocorreu em 6,66% dos procedimentos, todos relacionadas com quadro de rejeição, optando-se, nesses casos, pela técnica de ureteropieloplastia com colocação de duplo J. Além disso, estas complicações foram restritas ao grupo que recebeu rim de doador cadáver e relacionados com quadros de rejeição. Em nosso serviço o uso de cateter duplo j não foi relacionado com aumento de complicações.

CONCLUSÕES

Conclui-se que no serviço de transplante renal do Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU) a técnica de reimplante ureteral mais utilizada é a de Litch-Gregoir, sem uso rotineiro de cateter duplo J, com baixa incidência de complicações e necessidade mínima de reabordagem cirúrgica.

Área

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

Instituições

Universidade de Uberaba - Minas Gerais - Brasil

Autores

Lívila Mara da Silva, Sérgio Anacleto Silva, Camila Alves Pereira Barros, Laísa Nunes Kato, Gabriela Nascimento Cruz, Brenda Resende Santos