Dados do Trabalho


TÍTULO

SINDROME DO CORAÇAO ESQUERDO HIPOPLASICO: ESTUDO COMPARATIVO DE TECNICAS OPERATORIAS PARA MANEJO CIRURGICO

OBJETIVO

Comparar as propedêuticas cirúrgicas de reparo na síndrome do coração esquerdo hipoplásico (SCEH), a fim de transparecer a evolução das técnicas operatórias somadas as suas peculiaridades, visto que essa corresponde a síndrome de maior complexidade e frequência fetal.

MÉTODO

A análise do referente trabalho visa comparar os tratamentos da SCEH com base em artigos dos bancos de dados: MEDLINE, PUBMED, SCIELO. Dos quais, foram selecionados quatro artigos, em um período entre 2015 e 2016, nos idiomas inglês e português. Com os descritores cadastrados no DeCS: Procedimentos de Norwood; Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico, Cardiopatias Congênitas. 

RESULTADOS

A síndrome do coração esquerdo hipoplásico é caracterizada por hipoplasia do ventrículo esquerdo e obstrução da via de saída sistêmica e por outras lesões no ventrículo direito único comuns, as quais incluem ventrículo direito de saída dupla com atresia mitral e defeito do septo atrioventricular desequilibrado. A SCEH ocorre entre 0,16 e 0,36 por 1.000 nascidos vivos e compreende entre 1,4 e 3,8% das cardiopatias congênitas, sendo a de maior complexidade fetal e mais frequente. A SCEH é, essencialmente, letal. Entretanto, a implementação cirúrgica e seus avanços, somado ao qualificado manejo médico vem permitindo uma taxa de sobrevivência. A priori, a propedêutica utilizada foi o transplante cardíaco, porém, a complexidade envolvida o torna inviável. Diante disso, foi desenvolvido por Norwoord a primeira técnica cirúrgica em 1979, apresentando ainda alta taxa de mortalidade. Posteriormente, surgiu a cirurgia híbrida, que apresentou maior efetividade e trouxe uma esperança real de vida. Com a implementação cirúrgica de Norwood, a sobrevida imediata é de, aproximadamente, 72%, com uma mortalidade de 12%, no período pós-operatório. Comparado a isso, a técnica cirúrgica Hibrida apresenta cerca de 90% de sobrevida em curto prazo. Todavia, atualmente, Yerebakan et al. apresentou sua experiência com 182 pacientes com SHCE submetidos a procedimento híbrido, relatando sucesso terapêutico de 97,5%. Além disso, essa técnica tem sido utilizada como forma de adquirir tempo para o crescimento adequado do ventrículo esquerdo e, juntamente, não utilizar da circulação extracorpórea, pois, esta no período neonatal tem sido associada ao desenvolvimento neurocognitivo anormal.

CONCLUSÕES

Diante do exposto, é evidente que as novas práticas operatórias estão se aprimorando cada vez mais, isso corrobora para um maior percentual de sobrevida. Somado a isso, é visível a superioridade do manejo híbrido, porque além de melhor prognóstico ela proporciona melhor qualidade de vida e é a primeira escolha para pacientes acentuadamente mais graves se comparado à primeira técnica desenvolvida por Norwood, a qual foi pioneira dentre essas propedêuticas. Priorizar a qualidade de vida se torna imprescindível para o triunfo do tratamento.

Área

CIRURGIA PEDIÁTRICA

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

INGRID RAMALHO DANTAS DE CASTRO, MARCUS VINÍCIUS QUIRINO FERREIRA, JOSEMAR LELIS DE SOUZA JÚNIOR, FRANCIELE ÁVELY DE SÁ MACIEL